37% dos seguidores de candidatos à presidência são robôs
Um levantamento do InternetLab analisou os seguidores dos presidenciáveis no Twitter para descobrir quantos deles são bots
Um levantamento feito pelo instituto InternetLab analisou os seguidores dos presidenciáveis no Twitter para descobrir quantos deles, na realidade, são robôs. Chamados de bots, eles são programados para compartilhar, interagir e fazer volume nos perfis de forma automatizada, e ainda podem ser usados para influenciar as eleições deste ano.
Segundo o estudo, em média, 37,4% dos perfis que seguem os candidatos à presidência na rede social são robôs. Alvaro Dias (Podemos) é o que tem maior número de seguidores bots: 60% dos quase 410 mil que o seguem não são pessoas reais (245 mil pessoas no total). Em segundo lugar, aparece o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB), com 45,8% de perfis falsos dentre aqueles que o seguem (447 mil seguidores).
Na lista, ainda aparecem Marina Silva (Rede), com 36% (691 mil seguidores); Jair Bolsonaro (PSL), com 34% (400 mil seguidores); Ciro Gomes (PDT), com 32% (55 mil seguidores); Rodrigo Maia (DEM), com 30% (12 mil seguidores); Manuela D’Ávila (PCdoB), com 22% (48 mil seguidores); Lula (PT), também com 22% (76 mil seguidores); João Amoedo (Novo) com 21% (15 mil seguidores). O candidato com menor número de seguidores falsos é Guilherme Boulos (PSOL), com 14% (15 mil pessoas).
De acordo com o instituto, a prática de perfis falsos seguirem políticos é comum devido a sua popularidade, pois os robôs são programados para que seu comportamento seja similar ao de usuários comuns. No entanto, números elevados de seguidores robôs podem indicar a compra de botscom com o intuito de melhorar a reputação do candidato nas redes sociais.
Comprar bots é proibido pelo Twitter e pela lei. A pesquisa ainda cita dois outros estudos que mostram que o Brasil é um dos países com o maior uso de robôs em redes sociais e que hospeda a 8º maior população de bots do mundo.