5 coisas que voce não deve fazer em manifestações
Não importa em qual partido você votou, se não perde um protesto ou vai para as ruas pela primeira vez. Respeitar a opinião das outras pessoas é fundamental. E para que a manifestação seja de fato um instrumento para mostrar sua opinião é preciso ser coerente. Confira algumas dicas práticas abaixo:
1- Brigar com gente que pensa diferente de você
A manifestação é um direito de todo mundo. Seu vizinho que votou em outro partido tem direito de ir para a rua e dar sua opinião quanto você. No Facebook dá para bloquear quem pensa diferente, mas na vida real tem que exercitar a tolerância.
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2- Quebrar coisas
Não pode quebrar as coisas dos coleguinhas. Fica fácil perder a razão e as reivindicações de todo mundo se perdem quando os manifestantes são taxados de “vândalos”.
3- Pedir a volta da ditadura militar
Para começar que na ditadura não teria nem manifestação (nem Facebook como a gente conhece). Milhares de pessoas foram assassinadas e torturadas. A democracia foi uma conquista muito importante para o Brasil. E quanto mais forte ela estiver, menos corrupto será o país.
4- Xingar qualquer mulher de vaca, piranha, vagabunda, puta…
Essas ofensas reproduzem uma visão machista sobre a conduta sexual das mulheres. Os erros da Presidente da República não tem nada a ver com isso. Uma governante pode ser corrupta, omissa, falsa… Mas a vida sexual de Dilma Rousseff (e de qualquer outra mulher) é um problema dela e não da política brasileira.
5- Pedir impeachment sem saber o que isso significa
Conhecendo bem as regras do jogo fica mais fácil entender quais são os seus direitos e brigar para mudar a situação para valer. Confira 5 coisas que você precisa saber sobre impeachment.
1. O que é impeachment?
Como funciona um processo de impeachment?
O impeachment é um processo complexo que envolve a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal. Os prazos e regras estão nos artigos 85 e 86 da Constituição Federal e na Lei nº 1.079/1950 [veja em detalhes aqui].
Resumidamente o processo tem início por denúncia formulada por qualquer cidadão à Câmara dos Deputados. O Plenário, então, decide se há pertinência para instaurar o processo, decisão que exige o voto de ao menos dois terços dos Deputados Federais. Instaurado o processo, no caso de crime de responsabilidade, encaminha-se a acusação ao Senado Federal e o Presidente da República fica automaticamente afastado do cargo enquanto aguarda o desfecho. O julgamento se dá pelo Plenário do Senado Federal. Para que se conclua pela cassação, também é exigido o voto positivo de ao menos dois terços dos Senadores da República.
2. Quem assume?
No caso de impeachment do Presidente, quem assume o lugar?
De acordo com o artigo 79 da Constituição Federal, em caso de cassação do Presidente da República assume o Vice-Presidente.
3. E o vice-presidente?
Em qual situação o Vice-Presidente também pode sofrer impeachment?
O Vice-Presidente pode sofrer impeachment se, após assumir o cargo de Presidente da República, cometer crime de responsabilidade. Mas não existe propriamente impeachment de Vice-Presidente. O que há é o impeachment do Presidente da República, que pode, no caso, ser um Vice-Presidente que assumiu o mandato. Se o Vice sair, a linha sucessória prevista no artigo 80 da Constituição Federal prevê por ordem: o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
4. Novas eleições
Em qual circunstância seria necessário realizar novas eleições?
Isso pode acontecer caso fiquem vagos os cargos do Presidente e do Vice-Presidente, por cassação, morte ou renúncia. Aqui há um tratamento diferenciado, previsto no artigo 81 da Constituição Federal e em seu parágrafo primeiro. Se os cargos ficarem vagos nos dois primeiros anos de mandato, convocam-se novas eleições diretas. Caso isso aconteça durante os dois últimos anos do mandato, há eleição, mas indireta, pelo Congresso Nacional.
5. Aécio Neves
Então é possível que um candidato nas últimas eleições possa ser presidente antes de 2018?
Vale lembrar que Dilma Rousseff só poderia ser cassada por um eventual crime cometido no mandato atual, ou seja, a partir de 1 de janeiro de 2015. Mesmo denúncias de quando ela foi ministra ou no mandato de 2010 a 2014 não serviriam como base para o impeachment. O mesmo vale para o Vice-Presidente Michel Temer, que só poderia sofrer impeachment caso cometesse um crime a partir do dia em que virasse presidente. E tudo isso teria que acontecer em até dois anos após o início do mandato.