5 fatos sobre o caso do casal brasileiro preso no Líbano

Em 13 de dezembro, o casal saiu do Rio Grande do Sul com destino a São Paulo e depois desapareceu

Um casal do Rio Grande do Sul viajou a São Paulo em dezembro e estava desaparecido desde então. O grande mistério começou no dia 29 de dezembro de 2022, quando a família recebeu a informação de que Igor Antônio dos Santos Cabral, de 26 anos, e Juliana Nunes do Nascimento, de 31, foram detidos em Beirute, no Líbano.

Família ficou 11 dias sem saber de Igor e Juliana, que estão detidos no Líbano
Créditos: Reprodução/Facebook
Família ficou 11 dias sem saber de Igor e Juliana, que estão detidos no Líbano

Os familiares procuraram a Polícia Civil, que informou à imprensa que os dois estão presos na capital libanesa desde o dia 19 de dezembro.

Até o momento, o casal brasileiro segue no país estrangeiro e não houve contato entre eles e seus familiares, nem informações oficiais sobre o motivo da detenção.

1. Quem é o casal preso no Líbano?

Natural de Belém (PA), Juliana mora com Igor há dois anos, na casa dos pais dele, em Carazinho, no Norte do Rio Grande do Sul. Juntos há dois anos, eles se casaram em fevereiro de 2022.

Igor e Juliana viajaram para São Paulo em 13 de dezembro. Eles chegaram à capital paulista no dia 14 e mantiveram contato com familiares até o dia 18.

Casal foi fazer compras na capital paulista e não respondeu mais a família desde então
Créditos: Reprodução/Facebook
Casal foi fazer compras na capital paulista e não respondeu mais a família desde então

2. O que o casal foi fazer em São Paulo?

Ainda segundo a polícia, o casal teria desembarcado na capital paulista para fazer compras de Natal. Essa seria a primeira vez que Igor e Juliana teriam ido a São Paulo.

“Não sabemos se eles foram viajar a trabalho ou para fazer turismo. Existe uma suposição de que eles teriam ido lá para comprar coisas para revender no comércio daqui. Mas é só o que dizem, não está no papel”, disse a delegada Rita de Carli, responsável pelo caso.

3. Quando os familiares perceberam o sumiço do casal?

Como Juliana e Igor pararam de responder as mensagens no dia 18 de dezembro, a família começou a estranhar. A última vez que eles visualizaram o aplicativo de mensagens foi por volta das 16 horas do mesmo dia.

Em entrevista ao G1, a mãe de Igor, Claudete dos Santos, disse que depois do dia 18 ela tentava ligar para o celular do filho e para o de Juliana, mas os telefones não chamavam. Outros familiares e amigos mandaram mensagens, mas não tiveram resposta.

Além disso, segundo a delegada, o casal tinha ficado de voltar para Carazinho em tempo de passar o Natal com a família, mas eles não apareceram.

Após dias sem notícias dos dois, os familiares registraram o desaparecimento do casal na polícia de São Paulo. Parentes de Juliana fizeram até uma vaquinha para acompanhar de perto as investigações sobre o sumiço do casal em São Paulo.

Até que no dia 29 de dezembro a dupla foi localizada no Líbano, quando, segundo a polícia, a família de Igor foi notificada pelo consulado brasileiro em Beirute.

4. Por que eles foram presos?

Claudete disse para a polícia que as autoridades libanesas não explicaram os motivos da detenção quando ligaram para avisar sobre a situação.

“A gente não sabe o motivo pelo qual eles foram detidos. Em resposta a um questionamento nosso, [a embaixada brasileira no Líbano] disse que os fatos serão apurados em Beirute e de acordo com a legislação deles”, esclareceu a delegada.

5. O que diz o Itamaraty?

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que, “por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, tem conhecimento do caso e presta a assistência cabível aos nacionais brasileiros, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local.”

No entanto, o Itamaraty diz que não pode fornecer detalhes específicos sem autorização dos envolvidos, em respeito ao direito à privacidade e a dispositivos legais.

Também não há informações sobre se e quando o casal vai voltar ao Brasil. Mas os órgãos disseram à polícia que permaneceriam em contato com as famílias para mantê-las informadas sobre o caso.