5 são apontados como responsáveis por ‘ranking sexual’ da USP de Piracicaba

Com informações do portal G1

Cinco pessoas foram apontadas como possíveis autores do “ranking sexual” na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba (SP). No ano passado, algumas estudantes tiveram sua intimidade exposta em um cartaz fixado no pátio da instituição.

Em nota, a instituição informou que os envolvidos terão direito à ampla defesa e que a punição pode ser desde uma advertência até expulsão.

“Os envolvidos ainda não se manifestaram. Isso deverá acontecer no início do semestre letivo de 2016. A identidade dos alunos está sendo preservada por orientação da Procuradoria Geral da USP”, afirmou.

Entenda o caso

Dividido em colunas nomeadas por termos como “teta preta”, as características físicas das estudantes eram listadas pelos apelidos das alunas, além de destacar o número de parceiros sexuais das estudantes citadas na lista.

Além das estudantes citadas, lista também menciona alunos homossexuais

Revolta

Em resposta ao ranking avaliativo, a aluna Élice Natalia Botelho, de 22 anos, manifestou repúdio sobre o abuso por meio de um texto publicado em uma rede social. Confira trecho do texto: “Percebi que os níveis de machismo, lgbtfobia e racismo da Esalq não param de piorar. (…) Pensei que a CPI de Violação de Direitos Humanos das Universidades Estaduais Paulistas tivesse alertado as pessoas, mas a prova [cartaz com o ranking] mostra que, na verdade, tem gente que está no caminho oposto”.

Ainda de acordo com a estudante, um grupo de mulheres passou a espalhar cartazes de repúdio ao material exposto, mas acabaram retirados do Centro de Vivência. “Foram arrancados por alguém que se incomodou e, após isso ter ocorrido, elas voltaram a fazer mais cartazes”, afirmou.

Em entrevista ao portal G1, a instituição afirmou por meio da sua assessoria de imprensa: “A direção do campus tomou ciência, por meio de informação do Portal G1, da existência de material que foi exposto no mural do Centro de Vivência e encaminhará o material para apreciação de uma comissão sindicante, cumprindo trâmite regular”.