500 pessoas morreram nos preparativos para Copa no Catar?
O chefe da organização da Copa do Mundo no governo do Catar falou sobre o assunto pela primeira vez em anos
Hassan Al-Thawadi, chefe da organização da Copa do Mundo no governo do Catar, disse nesta terça-feira, 29. que “entre 400 e 500 pessoas” morreram durante a construção dos estádios para a sede da Copa do Mundo de 2022.
Foi a primeira vez que o governo do Catar se pronunciou sobre número de mortos, uma incógnita há anos levantada por Organizações Não Governamentais (ONGs), que denunciaram condições degradantes de trabalhadores que construíram a infraestrutura do Mundial do país, a maioria deles vindos de outros países asiáticos ao redor.
O balanço foi realizado por Al-Thawadi durante uma entrevista à rede de TV britânica “Talk TV“. Para o jornalista inglês Piers Morgan, ele admitiu que é necessário melhorias em seu país.
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“A estimativa (de trabalhadores imigrantes que morreram durante a construção de infraestrutura para a Copa) é de entre 400 e 500. Não tenho o número exato, isso é algo que ainda está sendo discutido (…). Sim, melhoras têm que ser feitas”, contou o catariano durante a entrevista.
O total de mortes, de acordo com Al-Thawadi, não corresponde apenas a trabalhadores que estavam a frente da construção dos estádios. Entre esses, o número de vítimas fatais foi de três durante a jornada de trabalho e 37 fora dela.
No total, a grande maioria dos trabalhadores morreu durante a construção dos preparativos da infraestrutura geral, como pontes, estradas, hotéis e até obras de saneamento. A causa direta das mortes ainda não foi revelada.
Atualmente, aproximadamente três milhões de trabalhadores migrantes moram no Catar. A maioria deles são de países que não se classificaram para a Copa, como Índia, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka e Paquistão.