6 bilionários concentram a mesma riqueza que metade da população
O Brasil que, hoje, troca o botijão de gás por fogão à lenha vive um cenário de contraste: entenda a desigualdade do país em números
O Brasil que, hoje, troca o botijão de gás por fogão à lenha vive um cenário de contraste: isso porque um estudo sobre desigualdade social revelou que os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população.
A seleta lista, composta pelas seis pessoas mais ricas do Brasil, é formada por: Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) são as seis pessoas mais ricas do Brasil.
Em um momento de recessão econômica, desemprego e supressão de direitos, o grupo concentra a mesma riqueza que a população mais pobre do país, composta por 100 milhões de pessoas – equivalente à metade da população brasileira (207,7 milhões). O estudo, divulgado pela Oxfam, avalia também que se os seis bilionários, juntos, gastassem um milhão de reais por dia, levariam 36 anos para esgotar o total de seu patrimônio.
A desigualdade em outras perspectivas
Para além dos vieses apresentados, a pesquisa se debruça sobre outras perspectivas da questão. Confira alguns deles:
- 5 % dos mais ricos detêm a mesma fatia de renda que 95% da população
- Os super ricos, 0,1% da população brasileira, faturam em um mês o mesmo que uma pessoa que recebe um salário mínimo (937 reais) – 23% da população – ganharia trabalhando por 19 anos.
- Em questão de gênero e raça, os números informam: mulheres ganharão o mesmo salário que homens em apenas em 2047, enquanto negros terão equiparação de renda com brancos somente em 2089.
Desigualdade na América Latina
Neste ano, o Brasil despencou 19 posições no ranking de desigualdade social da ONU, voltando a ocupar um lugar entre os mais desiguais do mundo. Na região, o país só fica atrás da Colômbia e de Honduras.
Em relação aos países vizinhos, o Brasil levaria 31 anos para alcançar o nível de desigualdade da Argentina. Onze anos para se igualar ao México, 35 o Uruguai e três o Chile.