703 PMs são indiciados por crime de revolta no Espírito Santo

Se os policiais forem condenados, a pena é de 8 a 20 anos de detenção em presídio militar e a expulsão da corporação

O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, disse nesta sexta-feira, dia 10, que 703 policiais militares foram indiciados pelo crime de revolta. Os PMs tiveram o ponto cortado desde o último sábado, 4, quando os protestos tiveram início, e não vão receber salário.

O crime de revolta é configurado quando os militares se reúnem, armados, ocupando o quartel, agindo contra a ordem recebida de superior ou se negando a cumpri-la. Se os policiais forem condenados, a pena é de 8 a 20 anos de detenção em presídio militar e a expulsão da corporação.

De acordo com a Agência Brasil, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, afirmou que o número de indiciamentos “com certeza” irá aumentar muito. Em entrevista coletiva, ele contou que o Comando da PM identificou que os homens que estão participando do movimento grevista são os que têm menos tempo de serviço na corporação.

Mulheres e familiares de policiais acampam na porta dos Batalhões da Polícia Militar de Vitória
Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Mulheres e familiares de policiais acampam na porta dos Batalhões da Polícia Militar de Vitória

André Garcia também informou que o governo está identificando as esposas e os parentes dos policiais que estão participando das manifestações. Segundo ele, o objetivo é responsabilizar civilmente essas pessoas. A lista com todos os parentes será encaminhada para o Ministério Público Federal.

A reunião de negociação entre os secretários do governo do Espírito Santo e o movimento grevista da Polícia Militar terminou sem acordo no início da madrugada desta quarta-feira, dia 8.

O patrulhamento no Espírito Santo tem sido feito pelas Forças Armadas e pela Força Nacional desde segunda-feira, 6. Na quinta, o Ministério da Defesa anunciou o reforço na segurança em todo o estado.

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