8 motivos para entender por que a COP-21 pode salvar o futuro do planeta
Em sua 21ª edição, Conferência do Clima começa nesta segunda-feira e busca soluções de combate ao aquecimento global; entenda a importância do evento que acontece em Paris até 11 de dezembro
Começa nesta segunda-feira, 30 de novembro, a 21ª Conferência do Clima (COP-21), que recebe 153 lideranças mundiais e diversas organizações em Paris, na França, para definir um acordo “legalmente vinculante” que substituirá, em 2020, o Tratado de Kyoto como resolução internacional sobre as consequências do aquecimento global.
Considerado o mais relevante encontro sobre mudanças climáticas, a COP-21 contará com diversas organizações, que juntas, buscarão soluções para problemas relacionados às variações do clima do planeta. Ao final do encontro, que acontece no dia 11 de dezembro, novos compromissos e responsabilidades serão apresentados para os próximos anos.
Oito motivos que valem ser citados:
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Soluções significativas: os grandes acordos climáticos anteriores tentaram capturar a ação climática em um limitado intervalo de tempo. Paris tentará entregar resultados em diferentes escalas de tempo, tanto no curto quanto no longo prazos. Isto marca uma mudança significativa na sinceridade e no entendimento dos países sobre o tamanho do desafio.
EUA e China, agora parceiros e mais engajados: antes de Copenhague, os dois principais poluidores não colaboraram construtivamente para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), ambos observando-se com suspeita em vez de parceria. Desde 2009 os dois gigantes da economia global fizeram uma série de compromissos significativos que foram fundamentais para a construção do momentum e da confiança antes de Paris.
Maior comprometimento: antes de Copenhague, o ‘status’ das promessas e expectativas em torno do que cada país podia oferecer (especialmente a China) eram pouco claros, o que resultava em frustrações diplomáticas. Hoje os compromissos de todas as maiores economias estão sobre a mesa, o que engaja as nações e mostra que o mundo está pronto para um acordo em Paris.
Mais legislação climática em vigor: contava-se nos dedos de uma mão o número de países que tinham legislação climática antes de Copenhague. Agora, 75% das emissões de GEE estão cobertas por alguma legislação.
Acordos são bons para o crescimento econômico: novas análises demonstraram que a ação pela estabilização do clima é boa para a economia e para a recuperação do crescimento econômico. Isto está mudando a percepção de tomadores de decisão política e econômica sobre os cobenefícios da descarbonização.
As fontes renováveis de energia se tornaram uma alternativa real para mover a economia global: em 2009, as fontes renováveis não eram consideradas como possíveis fontes principais de energia. Nos últimos 6 anos grandes investimentos em renováveis mostraram um futuro de baixo carbono mais realístico e tangível.
Maior pressão popular: antes de Copenhague quase que somente ONGs mobilizavam seus apoiadores para se manifestar clamando por um acordo ambicioso. Agora, o espectro social se espalhou para incluir o Papa Francisco, líderes progressistas do mundo dos negócios, investidores, ativistas, prefeitos e líderes globais que se engajaram e também clamam por um acordo mais forte e efetivo. As mudanças climáticas não são mais vistas como uma preocupação somente de ambientalistas, mas como uma preocupação daqueles que batalham pela prosperidade e pela segurança.
Crescimento econômico não depende mais do uso de combustíveis fósseis: antes de Copenhague as emissões começavam a diminuir em muitos países por conta da crise econômica de 2008. Em 2014, o crescimento das emissões de dióxido de carbono proveniente da geração de energia se estabilizou, enquanto a economia global continuou a crescer.