8 obras de arte que foram destruídas ou roubadas por terroristas em Brasília
Além dos atos golpistas contra a democracia, os terroristas foram responsáveis pela destruição de obras valiosas; veja quais foram
O ataque terrorista, ocorrido no último domingo, 8, em Brasília, causou não apenas danos aos patrimônios público como também a destruição de obras de arte, além do roubo de algumas delas. Os golpistas roubaram armas, destruíram de gabinetes, equipamentos eletrônicos, janelas, mesas e armários, além de móveis da sala da primeira-dama, Janja Lula da Silva.
Relógio doado por corte de Luís XIV
Um relógio fabricado pelo francês Balthazar Martinot, com design de André-Charles Boulle, foi destronado pelos terroristas. A peça foi fabricada no final do século XVIII e foi dada de presente para a família real pela corte de Luís XIV. O relógio foi trazido ao Brasil por D. João VI, em 1808. O objeto ficava no terceiro andar, onde está localizado o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
‘A bailarina’, escultura de Victor Brecheret
A escultura “A bailarina”, obra em bronze de Victor Brecheret, um dos expoentes do modernismo, foi retirada do lugar onde ficava exposta na Câmara dos Deputados. A peça permanece desaparecida após a invasão dos golpistas.
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‘As mulatas’, de Di Cavalcanti
No Planalto, a tela “Mulatas”, de Di Cavalcanti, foi vandalizada com furos pelos invasores em seis pontos. Especialistas dizem que a restauração de uma tela como esta, datada de 1962, pode levar até 90 dias.
‘Araguaia’, vitral de Marianne Peretti
Em 1977, a artista Marianne Peretti utilizou vidro temperado e jatos de areia para produzir “Araguaia”, obra instalada no hall do Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília. A peça de decoração foi detonada pelos terroristas.
‘A Justiça’, escultura de Alfredo Ceschiatti
A escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, foi pichada. Terroristas escreveram a seguinte frase na peça: “Perdeu, mané”. A obra de arte em granito está instalada em frente ao prédio do STF, na Praça dos Três Poderes, e representa o poder judiciário como uma mulher com os olhos vendados segurando uma espada.
Brasão da República
De acordo com informações divulgadas até o momento, a avaliação é que o dano ao patrimônio histórico é irreparável e que o prédio principal está “completamente destruído”. O brasão da República foi arrancado. Os terroristas também removeram as cadeiras que os 11 ministros usam durante os julgamentos.
Tapete de Princesa Isabel
No prédio do STF, os danos também incluem o chamado “Hall dos Bustos”, onde havia bustos de figuras importantes da República, como o de Rui Barbosa, responsável pela criação da Corte no modelo atual, em 1890, e de Joaquim Nabuco, abolicionista. Entre itens de valor histórico danificados pelos vândalos também está um tapete que, conforme informações do Supremo, pertenceu à Princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II e responsável por assinar a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país.
Cadeira do STF, feita por Jorge Zalszupin
A cadeira utilizada pela presidência do STF foi retirada do edifício e posta na rua, onde terroristas posaram para fotos postadas nas redes sociais. A peça tem a assinatura do designer e arquiteto Jorge Zalszupin, expoente do modernismo brasileiro.