Fevereiro, março e agosto são os meses em que as faculdades do Brasil recebem seus novos estudantes. Os alunos que já estão matriculados recebem os calouros nos ‘trotes’, quando geralmente pintam os rostos e fazem brincadeiras com os novos alunos.
Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma garota pintada de preto foi segurada por uma coleira com a placa “caloura Chica da Silva”.
Essas brincadeiras, porém, estão ficando cada vez mais violentas e absurdas. Nesta semana, por exemplo, pelo menos três calouros das Faculdades Adamantinenses Integradas (FIA), em Adamantina, no interior de São Paulo, ficaram feridos após serem recepcionados pelos veteranos com ácido. Um dos jovens corre o risco de ficar cego.
A lista abaixo, feita pela revista Exame, traz exemplos de trotes violentos praticados nos últimos anos no Brasil. Confira na galeria:
Aluno da Cásper Libero é preso em poste na Avenida Paulista
Veteranos de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB) obrigaram as calouras a lamber linguiças com leite condensado.
Na Unesp de Assis um grupo organizou pelas redes sociais o chamado “rodeio de gordas”, cujas regras consistiam em chegar perto de alunas, preferencialmente as obesas, jogar conversa como se fosse paquera e assim que possível “montá-las”.
No Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (Unifeb), estudantes foram recebidos com um líquido na época identificado como creolina, um desinfetante industrial que provocou queimaduras em várias partes do corpo dos alunos.
Na faculdade Anhanguera, um aluno foi chicoteado e obrigado a beber muito álcool e a rolar em uma lona com fezes e outras substâncias.
Na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), veteranos jogaram fezes de animais em calouros do curso de medicina veterinária.
Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), veteranos obrigaram um calouro a deitar em cima de um formigueiro. O garoto foi picado mais de 100 vezes.
Em 1999, um aluno novo da USP (Universidade de São Paulo) teve que entrar numa piscina sem saber nadar. No dia seguinte, foi encontrado morto na piscina.
Em 1998, na Pontifícia Universidade Católica de Sorocaba, veteranos atearam fogo em calouro. O garoto ficou 24 dias internado no hospital.
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