Acadêmicos do Baixo Augusta faz manifesto e debate sobre SP
Bloco estima reunir neste ano 300 mil pessoas atrás de seus dois trios elétricos neste domingo a partir das 16h
O bloco Acadêmicos do Baixo Augusta lançou um manifesto para este Carnaval em que pede uma folia livre, democrática e descentralizada, promovendo um debate sobre São Paulo. “Primeiramente, a cidade é nossa!”, diz o texto.
Em defesa do Carnaval de rua de São Paulo, que contará neste ano com 391 blocos _ em 2016, foram 306 _, o presidente do bloco, Alexandre Youssef, lembra que esse modelo de Carnaval “não é realização de um partido ou político”.
“É uma conquista da sociedade civil que ao longo de anos batalhou pelo direito à ocupação das ruas no Carnaval. A insistência de alguns blocos moldou a forma como o Carnaval de rua de São Paulo é hoje”, afirma.
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O bloco estima reunir neste ano 300 mil pessoas atrás de seus dois trios elétricos neste domingo, dia 19, a partir das 16h na rua da Consolação. Haverá também um painel criado pela artista plástica Rita Wainer que será instalado num prédio no trajeto do bloco e que será doado à cidade. O tema da tela gigante, de 45 m x 30 m, será revelado apenas no dia do desfile.
Estão confirmadas as participações de vários cantores, além de Simoninha, responsável pela banda: Tulipa (madrinha do bloco), Fafá de Belém, Tiê, Alexandre Nero, Max de Castro, Paula Lima, Felipe Cordeiro, Edgar Scandurra e Taciana Barros.
A rainha do bloco, a atriz Alessandra Negrini, sairá fantasiada com uma roupa-manifesto em defesa do Parque Augusta, que aguarda decisão judicial para ser aberto ao público.
Outro protagonista da cidade, o Minhocão, também estará representado em alegorias que, juntas, representam o local. Essas alegorias foram criadas numa parceria com alunos da faculdade de arquitetura Escola da Cidade. “A ideia por trás do projeto é principalmente alimentar o necessário debate sobre o futuro do viaduto”, diz o arquiteto Gui Sibaud, professor da Escola da Cidade e membro fundador do bloco.
“Por trás da luta pelo direito ao Carnaval existe uma reflexão sobre que tipo de cidade queremos, a São Paulo ocupada pela arte e pelas pessoas ou a cidade cinza ocupada por carros”, diz Youssef.