Acusada pela morte de Vitor Gurman é condenada a pagar indenização de R$ 1,5 milhão

Quase cinco anos após morte do administrador Vitor Gurman, Justiça condena condutora e acompanhante a pagar indenização à família de Vitor

Quase cinco anos após a morte do administrador Vitor Gurman, atropelado em uma rua da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, a Justiça de São Paulo condenou a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, que dirigia alcoolizada, ao pagamento de R$ 1,5 milhão de indenização. O então namorado, Roberto Lima, que estava no banco do passageiro, também recebeu condenação e será obrigado a pagar 10% de honorários.

Segundo o Ministério Público, Gabriela havia bebido e, ainda assim, dirigia em alta velocidade a Land Rover do namorado, ao perder o controle do veículo que atingiu Vitor, em uma calçada da Rua Natingui.

Amigos e familiares manifestam contra a impunidade no trânsito

De acordo com os laudos técnicos da perícia, a jovem alcoolizada conduzia o automóvel a uma velocidade variável entre 62 km/h e 92 km/h. No entanto, a máxima permitida para a rua é de 30 km/h.  Com o impacto da batida, a Land Rover, além de atingir Vitor, derrubou um poste de iluminação e o veículo tombou.

Alcoolizada ou embriagada?

À época da morte de Vitor, a defesa da nutricionista, feita pelo então namorado,  negava embriaguez de sua cliente, ao justificar que Gabriela havia bebido apenas um drinque. Para comprovar a versão, um exame realizado no Instituto Médico-Legal (IML) constatou que ela “estava alcoolizada, ma não embriagada”. Por isso, a defesa sustentava a tese de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Após o acidente, por decisão judicial, Gabriella teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por três meses em 2013. Também foi proibida de frequentar bares e casas noturnas, mas a Justiça voltou atrás e revogou as medidas cautelares. Desde então, a nutricionista recuperou seus direitos.