Administradora de grupo contra Bolsonaro é agredida no Rio

Ainda não há informações se o crime teve motivação política

25/09/2018 14:58 / Atualizado em 27/09/2018 11:53

Administradora de um dos grupos no Facebook de mulheres contra Jair Bolsonaro, Maria Tuca foi agredida na noite desta segunda-feira, 24, por três homens armados no Rio de Janeiro. Ela é dirigente do Bloco Unidos da Ribeira e coordenadora da campanha de Sérgio Ricardo Verde, candidato a deputado estadual pelo PSOL.

O caso de violência foi informado por meio de uma nota divulgada nas redes sociais do político. “Informamos aos amigos que a algumas horas atrás a Maria Tuca Santiago foi agredida por 3 homens num táxi (Meriva amarelo) armados com revólver prata. Estamos no Hospital Municipal Evandro Freire, Ilha do Governador. (…) Apesar de tudo, ela passa bem”, escreveu.

#NOTA DE ESCLARECIMENTO#Informamos aos amigos que a alguma horas atrás a Maria* foi agredida por 3 homens num táxi…

Posted by Sergio Ricardo on Monday, September 24, 2018

Segundo o comunicado do candidato, após sair do hospital, ela foi encaminhada para a 37ª Delegacia de Polícia na Estrada do Galeã, onde prestou depoimento.

Ao portal Universa, Verde contou que dois homens armados desceram de um táxi amarelo, deram coronhadas e um soco no olho de Tuca, que também é filiada ao PSOL. Eles levaram seu celular. De acordo com o candidato, durante panfletagem da campanha no domingo, um homem pegou o panfleto da mão dela, amassou e apontou para ela com a mão simulando uma arma.

Em nota publicada nesta terça-feira, 25, a Executiva Nacional do PSOL repudiou a agressão, e exigiu das autoridades apuração e punição imediata contra os autores do ato. “Nos colocamos ao lado dos que defendem uma eleição livre de agressões e violência. Temos certeza de que as mulheres não se intimidarão com mais agressão e farão do dia 29 um marco histórico contra o machismo e a intolerância”, declarou no texto.

Ainda não há informações se o crime teve motivação política. A Catraca Livre tentou entrar em contato com a vítima, mas não obteve o retorno até a publicação desta matéria.