Adolescente é linchada pela família por usar calça jeans na Índia
Na Índia, jovem foi espancada e agredida com varas e o corpo deixado pendurado debaixo de uma ponte
Neha Paswan, de 17 anos, foi espancada até a morte por familiares depois de uma briga com avós, tios e primos por ela estar de calça jeans durante uma cerimônia religiosa. O caso ocorreu em Uttar Pradesh, no norte da Índia.
Apesar de, segundo relato da mãe, a vítima ter executado todo o rito corretamente, incluindo jejum, os membros de sua família, que a pressionavam para abandonar os estudos, não gostaram de vê-la com “roupas ocidentais” que consideraram “inadequadas”.
Neha tentou argumentar e a discussão descambou para a violência.
A família teria pedido socorro médico depois de a jovem ficar inconsciente, mas ela não foi levada ao hospital. Segundo informa a imprensa britânica, na manhã seguinte, a mãe descobriu que o corpo da adolescente estava pendurado em uma ponte sobre o rio Gandak.
A polícia investiga o caso e apura a participação de, pelo menos, dez membros da família e do motorista do automóvel que supostamente a levaria ao hospital.
Como denunciar violência contra a mulher no Brasil
Os casos de violência doméstica que viram processos no Poder Judiciário começam em diferentes canais do sistema de justiça, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.
Disque 180
O Disque-Denúncia foi criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central são encaminhados ao Ministério Público.
Disque 100
O serviço pode ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.
As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100.
Polícia Militar (190)
A vítima ou a testemunha pode procurar uma delegacia comum, onde deve ter prioridade no atendimento ou mesmo pedir ajuda por meio do telefone 190. Nesse caso, vai uma viatura da Polícia Militar até o local. Havendo flagrante da ameaça ou agressão, o homem é levado à delegacia, registra-se a ocorrência, ouve-se a vítima e as testemunhas. Na audiência de custódia, o juiz decide se ele ficará preso ou será posto em liberdade.
Delegacia da Mulher
Um levantamento feito pelo portal Gênero e Número, mostra que existem apenas 21 delegacias especializadas no atendimento às mulheres com funcionamento 24 horas em todo o país. Dessas, só São Paulo e Rio de Janeiro possuem delegacias fora das capitais.