Adolescente estupra e mata criança de 2 anos em Goiânia
A criança foi encontrada pela polícia com diversos hematomas pelo corpo, além de lesões provocadas por abuso sexual
Um adolescente de 17 anos foi apreendido suspeito de estuprar e matar um menino de 2 anos. O caso ocorreu na madrugada deste domingo, 3, e chocou os moradores do bairro Setor Eldorado Oeste, em Goiânia (GO).
A criança foi encontrada pela polícia com diversos hematomas pelo corpo, além de lesões provocadas por abuso sexual. De acordo com n G1, no local estavam apenas o padrasto do menino e outra criança de 4 anos.
Em depoimento, a mãe da criança, 21 anos, diz que sabia que o namorado já tinha agredido o filho, mas que não acreditou que ele pudesse matar o menino. Ela foi presa por abandono de incapaz.
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“Aconteceu sim [agressões], mordidas, duas vezes, aí ele parou. Nesse dia agora [da morte] aconteceu novamente. Para mim ele tinha mudado, ele falou que não ia fazer mais, acreditei nele e quebrei a cara. Ele me falava que as mordidas não eram para machucar, mas que era carinho. No fundo não acreditava, mas deixei passar porque esperava que ele ia mudar”, afirmou a mãe ao G1.
Saiba como denunciar casos de abuso infantil
No ano passado, o Disque 100 recebeu 76.216 denúncias envolvendo crianças e adolescentes, sendo 17.093 dos registros referentes à violência sexual.
Entre os denunciados por violência sexual no primeiro quadrimestre deste ano, mães, padrastos e pais representam a maior parte dos envolvidos.
Segundo o estudo da Rainn, a maior organização social contra a violência sexual dos Estados Unidos, 93% dos casos acontecem quando o agressor é próximo e tem “poder” sobre a vítima, como pais, primos, tios, avôs, vizinhos e professores.
Tipos de abuso infantil
É importante lembrar que abuso sexual, violência sexual e pedofilia são coisas distintas. Segundo o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes:
Pedofilia: Consta na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas. O Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não preveem redução de pena ou da gravidade do delito se for comprovado que o abusador é pedófilo.
Violência Sexual: A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).
Abuso sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da relação familiar (pais, padrastos, primos, etc.), de proximidade social (vizinhos, professores, religiosos etc.), ou da vantagem etária e econômica.
Exploração sexual: É a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes conseguido por meio de pagamento ou troca. A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador, intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual. Saiba mais como denunciar casos de abuso contra crianças.