Advogado deixará defesa de Flávio Bolsonaro
Frederick Wassef alegou que deixará o caso para não ser "usado"
Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse, em entrevista para a CNN Brasil, que deixará a defesa do senador no caso do suposto esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A declaração chega depois de o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, ser preso em uma casa de propriedade de Wassef em Atibaia, interior de São Paulo.
“Fiz um telefonema ao senador e disse que estou sendo usado pelos inimigos da pátria, os inimigos do Brasil”, disse. “Estão fazendo um massacre midiático contra minha pessoa para atingir o presidente.”
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Na mesma conversa, o advogado afirmou que não sabia que o ex-assessor estava na sua casa em Atibaia. Ele também reiterou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não está relacionado com o caso.
No Twitter, Flávio Bolsonaro elogiou a “lealdade e a competência do advogado” que são “ímpares e insubstituíveis.”
“Por decisão dele e contra a minha vontade, acreditando que está sendo usado para prejudicar a mim e ao Presidente Bolsonaro, deixa a causa mesmo ciente de que nada fez de errado”, escreveu o senador.
Quem é Frederick Wassef
Representante jurídico de Flávio Bolsonaro desde junho do ano passado, Wassef foi responsável por conseguir suspender todas as investigações que se baseavam em dados do Coaf, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, também atua como advogado de Jair Bolsonaro no caso Adélio Bispo.
A relação entre Wassef e a família Bolsonaro, no entanto, se estreitou ainda na corrida eleitoral à presidência. Durante a campanha, o advogado era presença frequente na casa de Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Proximidade que hoje repercute no governo federal, já que Wassef teria apresentado o empresário Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência (Secom), ao presidente.
Na última quarta-feira, 17, esteve entre os convidados da cerimônia de posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria. Na ocasião também estava presente Jair Bolsonaro.
Wassef e Jair Bolsonaro estiveram juntos, no Palácio da Alvorada, em outras ocasiões recentes. Em abril, após a demissão de Sérgio Moro, quando surgiu a polêmica sobre a escolha do novo diretor-geral da Polícia Federal.