Agência checa quais promessas do prefeito do Rio saíram do papel

Em 2016, quando ainda era candidato, o atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella, registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seu programa de governo. No documento, considerado obrigatório pela legislação eleitoral brasileira, Crivella fez 50 promessas. Cem dias se passaram desde sua posse. Como andam aquelas propostas? O que continua no papel e o que já foi feito? A repórter Juliana Dal Piva, da Agência Lupa, parceira do Catraca Livre, foi checar. Neste link, você confere o resultado na íntegra. Abaixo, alguns destaques:

Afirmação: “Colocar mais recursos na Saúde (R$ 250 milhões a mais por ano)”
Resultado da checagem: DE OLHO
Justificativa: no fim do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou um orçamento para a Saúde do Rio de Janeiro no total de R$ 5,46 bilhões. Mas, depois de sua posse, o prefeito Marcelo Crivella resolveu promover um ajuste nos gastos de toda a administração e fez um corte de R$ 547 milhões na pasta. A verba para a secretaria agora é de apenas R$ 4,92 bilhões.

Procurada, a prefeitura disse que precisou promover ajustes na verba em toda a administração e na renegociação de contratos porque a dívida deixada pela administração anterior, apenas na Saúde, chegava a R$ 400 milhões.

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No papel

Quinze das 50 propostas apresentadas por Crivella na campanha ainda não tiveram um único ato oficial mostrando o início dos trabalhos necessários para a sua realização. O restante teve ao menos um decreto solicitando a realização de estudos de viabilidade.

Essas são as conclusões de um estudo feito pelo projeto Dito e Feito, da Organização Não Governamental Cidadania Inteligente. A organização já fez o mesmo trabalho no Chile, com o governo da presidente Michelle Bachelet.

Desde janeiro, o grupo acompanha todas as ações registradas no “Diário Oficial” do Rio, de forma a monitorar as promessas do prefeito. Procurada para comentar suas conclusões, a prefeitura disse que as promessas de campanha “serão realizadas de acordo com planejamento até 2020”.

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