Agência Pública lança “thriller jornalístico” sobre repressão em Angola
A Agência Pública de Jornalismo Investigativo está dedicando esta semana à publicação de uma série de reportagens especiais sobre Angola. Entre as reportagens, está um “thriller jornalístico”, série em vídeo com três capítulos. Os três episódios de É proibido falar em Angola podem ser assistidos aqui:
Em agosto deste ano, a repórter e co-diretora da Pública Natalia Viana e a documentarista Eliza Capai estiveram Angola para investigar a presença de empresas brasileiras no país. Chegando lá, tomaram conhecimento da história dos 17 jovens ativistas, com idades entre 18 e 33 anos, acusados pelo governo angolano de tramar um golpe de estado. Eles estão sendo julgados esta semana. Como narra Eliza Capai no minidocumentário sobre o assunto lançado pela Pública em outubro, “o tema gritou sua importância e fez a nossa câmera virar para outro lado”.
Em junho deste ano, 14 dos 17 ativistas foram presos enquanto participavam de um grupo de estudos aberto, onde discutiam o livro Da ditadura à democracia, do pacifista americano Gene Sharp. Um deles foi preso no dia seguinte e duas jovens foram adicionadas como rés e respondem ao processo em liberdade.
Enquanto estiveram em Luanda, as repórteres conversaram com ativistas e com familiares dos jovens presos. Durante o processo, sentiram na pele e registraram em vídeo a perseguição do governo angolano, retratada no “thriller jornalístico” É proibido falar em Angola.