Ajude a criar um centro cultural para crianças refugiadas em SP
O refugiado Omana Ngandu Petench lançou uma campanha de financiamento coletivo para criar o centro cultural
Cerca de 50 milhões de crianças vivem distantes de seus países ou cidades de origem, de acordo com relatório do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). E no Brasil essa realidade não é diferente.
Foi pensando nisso que o professor congolês Omana Ngandu Petench lançou uma campanha de financiamento coletivo para criar o Centro Cultural para Crianças Refugiadas em São Paulo.
O local pretende ser um ambiente seguro para que as crianças participem de ações recreativas, socializem e aprendam. No centro, serão promovidas aulas de música, teatro e dança durante o ano todo, além de atividades turísticas aos fins de semana.
- Shopping Vila Olímpia promove o SVO SECRETINHO com School of Rock para o Dia das Crianças
- Outback promove Bloomin’ Day para realizar sonhos de crianças no dia 24 de janeiro
- Instituição de São Caetano ganha projeto educacional para crianças com patrocínio de empresa francesa
- 7 hotéis fora de SP para viajar com crianças em julho
“Na cidade, há muitas famílias de refugiados com filhos pequenos e percebo que falta apoio para o desenvolvimento sociocultural dos meninos e meninas. O objetivo do centro é integrá-los a seu novo país, sem perderem suas identidades”, ressalta Petench.
Gostou do projeto? Clique aqui e veja como contribuir com qualquer quantia a partir de R$ 30. A campanha termina no dia 17 de outubro e tem como meta arrecadar R$ 110 mil.
Assista aos vídeos:
Refúgio
Petench é refugiado da República Democrática do Congo e desembarcou no Brasil há três anos, após lutar contra a violação de direitos humanos e ser perseguido. “Me levaram da minha casa para um campo, onde quase todos foram mortos. Mas, mesmo ferido, consegui escapar”, relata.
Em 2015, sua esposa e os cinco filhos chegaram ao país graças ao auxílio de amigos e campanhas de arrecadação. O professor de letras, formado pela Université Pedagogique Nationale, no Congo, também é o fundador da ONG Mungazi – LFCAB, cujo objetivo é prestar apoio aos refugiados em sua adaptação a uma nova realidade.
Além do apoio à integração, a organização oferece cursos de francês, inglês e suaíli, e de cultura e gastronomia africana. Estas aulas, ministradas por refugiados, funcionam como pontes, por meio das quais os alunos têm a possibilidade de acessar novas culturas, favorecendo os laços e as trocas intercomunitárias e a preservação da história africana no Brasil.
Migração infantil
Divulgado pela Unicef, o relatório “Desenraizadas: a crescente crise das crianças refugiadas e migrantes” apresenta dados preocupantes sobre a situação migratória infantil. Segundo o documento, as crianças já são mais da metade do total de refugiados em todo o mundo.
Além disso, houve um aumento do número de crianças que atravessaram as fronteiras dos países sozinhas, expostas a riscos, abusos e violência. Em 2015, mais de 100 mil meninos e meninas desacompanhados solicitaram asilo em 78 países, o que é três vezes maior do que o registrado em 2014.
- Leia mais: