Além de Bolsonaro, quais outros presidentes não passaram a faixa?
Na história, apenas outros dois presidentes se recusaram a passar a faixa presidencial; curiosamente, ambos eram militares, assim como Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não será o único da história a não passar a faixa presidencial. O candidato à reeleição perdedor das urnas viajou na última sexta-feira, 30, para Orlando, nos EUA, e não irá participar da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na história do Brasil, outras duas vezes isso aconteceu. A não passagem da faixa presidencial de um presidente a outra ocorreu do militar João Figueiredo para José Sarney, em 1985, e do militar Floriano Peixoto para Prudente de Morais, em 1894.
Curiosamente, nas três vezes em que a faixa presidencial não foi passada de um presidente a outro, os três presidentes ressentidos eram militares.
- América Central: 5 países para incluir na sua próxima viagem
- Férias com crianças a 40 minutos de São Paulo
- Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
- Como reconhecer a deficiência de vitamina K e seus efeitos no corpo?
De João Figueiredo para José Sarney
Em 15 de março de 1985, João Figueiredo, último presidente da ditadura militar, deveria passar a faixa para Tancredo Neves, eleito de forma indireta, marcando a retomada da democracia no Brasil.
Porém, Tancredo passou mal na noite anterior e precisou ser operado na madrugada. Com isso, instalou-se a dúvida de quem receberia a faixa: o vice-presidente, José Sarney, ou o presidente da Câmara, Ulysses Guimarães.
Com a escolha de Sarney para representar Tancredo, o militar João Figueiredo recusou-se a participar da cerimônia. Sempre foi um fraco, um carreirista. De puxa-saco passou a traidor. Por isso não passei a faixa presidencial para aquele pulha. Não cabia a ele assumir a Presidência”, disse em entrevista a Isto É, antes da sua morte, em 1999.
De Floriano Peixoto para Prudente de Morais
Em 15 de novembro de 1894, o militar Floriano Peixoto não compareceu à cerimônia de transmissão do cargo para seu sucessor, Prudente de Morais. A tarefa coube a um de seus ministros.
“Foi pirraça”, disse o jornalista Natale Netto, autor de “Floriano, o Marechal Implacável”, para a Agência Senado, sobre a recusa de Floriano de comparecer à posse do sucessor.