As polêmicas de Alexandre Frota
Em declaração hoje, o ator afirmou que foi uma piada
Dessa vez, o alvo de Alexandre Frota é o Catraca Livre, chamado de jornaleco. Além disso, fez uma ilustração sugerindo nada sutilmente que o fundador do site, Gilberto Dimenstein, seria ligado ao PT, mais uma vez abusando do “fake news”.
Dimenstein preferiu não levar a sério: “Minha explicação: sua elegância, capacidade intelectual e sensibilidade estética me cativam. É um perfil inesquecível: impossível tirar da cabeça”
Quem preferiu ser mais contundente foi a Associação Paulista de Magistrados, ao divulgar nota, atacando o ator.
Sem mencionar nomes, a manifestação oficial repudia “os ataques absolutamente descabidos desferidos por um ator com grande número de seguidores em mídias sociais, e a seguir reproduzidos pela imprensa, contra um respeitado magistrado paulista”.
Eis a questão central, que a nota não menciona: inconformado com uma decisão judicial desfavorável, Frota afirmou, em vídeo, que foi “julgado por um juiz ativista, do movimento gay”. “Ele não julgou com a cabeça, julgou com a bunda”, disse.
A Apamagis informa que oferecerá ao magistrado ofendido o suporte necessário para cessar os ataques e reparar a sua honra e dignidade.
Afirma estranhar que “as agressões descabidas e os termos chulos e preconceituosos” ganhem projeção em respeitados veículos de comunicação”. E informa que vai propor investigações e ações judiciais “para coibir as flagrantes práticas criminosas, como a difusão de crimes de ódio e preconceito”.
Alexandre Frota novamente ganhou holofotes ao ser processado por Caetano Veloso, a quem acusou de pedófilo. A justça mandou ele tirar do ar o post. Nos últimos tempos, ele tem se notabilizado por campanhas de crítica aos costumes.
Após a polêmica envolvendo uma performance de nu artístico realizada dentro do 35º Panorama da Arte Brasileira no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo, o ator e ativista Alexandre Frota participou de um protesto na frente da instituição.
A postura gerou debates sobre o passado de Frota, que participou de filmes pornográficos.
Mais grave, porém, foi uma entrevista que ele ao programa ‘Agora é Tarde’, da Band, afirmando que já fez sexo com uma mãe de santo dentro do terreiro candomblé. A história chegou a ser interpretada como estupro e gerou revolta nas redes sociais.
Durante reprise de uma entrevista de 2014, que foi ao ar na última quarta-feira, ele contou que foi para o local sem ‘segundas intenções’, mas se sentiu atraído pela mulher ao entrar com ela em uma sala reservada. Não fica claro se a relação sexual foi consensual. “Botei a mãe de santo de quatro […] levantei a saia […] botei o ‘boneco’ para fora e comecei a sapecar a mãe de santo”. O ator ainda completou que fez a mãe de santo ‘dormir’ de tanto pressionar a sua nuca.
“Eu queria gozar e coloquei tanta pressão que ela apagou. Eu ‘finalizei’ e ela ‘dormiu’. Aí fiquei chamando: ‘levanta ai’. E minhas amigas batendo na porta. Falei de novo: ‘levanta ai. Mãe, vai, levanta!’. Abri a porta para minhas amigas entrarem e me perguntaram o que tinha acontecido. Eu falei que deve ter dado um troço nela porque ela ficou naquela posição e não saiu mais.”
Assista ao vídeo e confira a declaração do ator a partir dos 10 minutos e 25 segundos:
Veja como denunciar a violência contra a mulher
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.