Aliados de Covas são flagrados distribuindo cestas básicas; web vê compra de votos

Segundo a prefeitura, entrega de alimentos faz parte do programa Cidade Solidária

27/11/2020 12:39

Aliados do prefeito Bruno Covas, candidato à reeleição pelo PSDB, foram flagrados distribuindo cestas básicas na Brasilândia, zona norte da capital.

Nas imagens, registradas na manhã quinta-feira, 26, na rua Raulino Galdino da Silva, mostram dezenas de pessoas em uma fila. Algumas recebem panfletos. Outras saem com uma caixa de papelão na mão.

Moradores da Brasilândia recebem cestas básicas a três dias do segundo turno; Covas é acusado de compra de votos
Moradores da Brasilândia recebem cestas básicas a três dias do segundo turno; Covas é acusado de compra de votos - Reprodução/Twitter

Na gravação é possível ouvir ao fundo o jingle da campanha de Covas e um carro adesivado com número 45, o mesmo do tucano.

As cenas do crime eleitoral viralizaram nas redes sociais e internautas acusam Bruno Covas de tentar comprar votos.

Guilherme Boulos (PSOL), adversário  do tucano no segundo turno, considerou a denúncia “gravíssima” e disse que tomará “as medidas cabíveis.”

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) abriu uma sindicância para apurar o ocorrido, que repercutiu principalmente no Twitter e levou a expressão “crime eleitoral” à lista dos assuntos mais comentados desde a noite de ontem.

Segundo a prefeitura, a ação faz parte do programa Cidade Solidária, instituído em abril por meio do Decreto 59.377, como resposta à “crise de emprego e renda” agravada pela pandemia de covid-19.

“O Cidade Solidária iniciou sua ação em parceria com as entidades civis inseridas no Pacto por Cidades Justas e com ação direta de um conjunto de secretarias municipais que desenvolvem ações sociais nos territórios”, diz a nota.

“Todas as entidades parceiras assinaram um termo de adesão com a Prefeitura de São Paulo se comprometendo a executar a distribuição das cestas respeitando integralmente às recomendações do Ministério Público Eleitoral. Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada.”

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