Aliados de Covas são flagrados distribuindo cestas básicas; web vê compra de votos
Segundo a prefeitura, entrega de alimentos faz parte do programa Cidade Solidária
Aliados do prefeito Bruno Covas, candidato à reeleição pelo PSDB, foram flagrados distribuindo cestas básicas na Brasilândia, zona norte da capital.
Nas imagens, registradas na manhã quinta-feira, 26, na rua Raulino Galdino da Silva, mostram dezenas de pessoas em uma fila. Algumas recebem panfletos. Outras saem com uma caixa de papelão na mão.
Na gravação é possível ouvir ao fundo o jingle da campanha de Covas e um carro adesivado com número 45, o mesmo do tucano.
As cenas do crime eleitoral viralizaram nas redes sociais e internautas acusam Bruno Covas de tentar comprar votos.
Guilherme Boulos (PSOL), adversário do tucano no segundo turno, considerou a denúncia “gravíssima” e disse que tomará “as medidas cabíveis.”
Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) abriu uma sindicância para apurar o ocorrido, que repercutiu principalmente no Twitter e levou a expressão “crime eleitoral” à lista dos assuntos mais comentados desde a noite de ontem.
Segundo a prefeitura, a ação faz parte do programa Cidade Solidária, instituído em abril por meio do Decreto 59.377, como resposta à “crise de emprego e renda” agravada pela pandemia de covid-19.
“O Cidade Solidária iniciou sua ação em parceria com as entidades civis inseridas no Pacto por Cidades Justas e com ação direta de um conjunto de secretarias municipais que desenvolvem ações sociais nos territórios”, diz a nota.
“Todas as entidades parceiras assinaram um termo de adesão com a Prefeitura de São Paulo se comprometendo a executar a distribuição das cestas respeitando integralmente às recomendações do Ministério Público Eleitoral. Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada.”
Russomanno: espalhou fakenews sobre a "rachadinha" do Boulos
Mamãefalei: contratou um cara para armar contra a campanha do Boulos
Joice: espalhou fakenews absurdas contra o Boulos
Covas: cometeu crime eleitoral gravíssimo
Isso só acontece com quem REALMENTE desafia o sistema
— Jovens Reacionários (@jovensreacinhas) November 27, 2020
https://twitter.com/marciatiburi/status/133228100559249817
Há 20 horas, a página da Rua de Lazer Maria José, que não é atualizada desde agosto, publicou que haverá uma distribuição de cestas por iniciativa da prefeitura, com logo da prefeitura, exatamente no sábado, um dia antes da eleição. Os comentários das fotos foram fechados agora. pic.twitter.com/OKlhfCMEZG
— Daniela Abade (@_danielaabade) November 27, 2020
Crime eleitoral com prova material e trilha sonora da campanha; prática de coronelismo sudestino à luz do dia em SP. Achei q isso só acontecesse nos ditos grotões do Brasil arcaico. Cadê o @TSEjusbr ? https://t.co/z9LfMWeBhq
— xico sá (@xicosa) November 27, 2020
Pra ajudar a Controladoria a enxergar o óbvio.
Abuso de poder político e captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da Lei n. 9.504/97) violam o direito do cidadão ao voto livre, consciente e soberano.
Não é necessário o pedido expresso de voto para caracterizar o crime eleitoral https://t.co/26ghNRN1iY
— Cipó de Aroeira🌿 (@felipe_estrela) November 27, 2020
se fosse o PT que distribuísse cesta básica com música de candidato tinha "crime eleitoral" no título https://t.co/bHo4fS7AQ9
— cynara menezes (@cynaramenezes) November 27, 2020
Você pode substituir esta chamada por “Crime eleitoral em flagrante de Bruno Covas provoca reclamação de @GuilhermeBoulos”. 😉 https://t.co/9QYP2Ld09h
— Antonia Pellegrino (@apellegrino) November 27, 2020
Eu fico p da vida quando chamam político do Nordeste de coronel. Como se no Sul e Sudeste não existissem políticos q mandam e desmandam e compram voto sem nunca serem punidos por crime eleitoral! https://t.co/Cs9HtOKBsk
— Lola Aronovich (@lolaescreva) November 27, 2020
O contorcionismo desta manchete d' O Globo é impressionante: transformar um crime eleitoral cometido por Bruno Covas em uma reclamação feita por Guilherme Boulos.
Omitindo, propositalmente, a palavra "crime", aliás. https://t.co/AGl7jbSWE8
— De Lucca 🏳️🌈 (@delucca) November 27, 2020