Alice Pereira, mulher trans no país do Carnaval
Por revista "Gênero e Número" e bloco Mulheres Rodadas
Aos 43 anos, Alice Pereira chega ao Carnaval carioca para realizar um desejo que carrega desde a infância: ser vista, entre os foliões, como uma mulher.
“Quando minha mãe me mostrou a Rogéria pela TV, eu tinha apenas nove anos e, desde então, pensei sobre aquilo todos os dias da minha vida”, diz Alice, que começou a sua transição de gênero no Carnaval do ano passado, após o fim de um casamento de quase seis anos onde ela assumia o papel de marido.
A multi-instrumentista toca baixo no bloco Fogo e Paixão desde 2011, mas com o nome Alice fará sua estreia em 2017. Também poderá ser vista na folia carregando uma tuba, instrumento nada trivial que toca na Damas de Ferro, banda formada apenas por mulheres.
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Antes de decidir pela mudança de gênero, Alice se reprimiu não apenas por muitos Carnavais, mas por anos a fio. Escondido, se maquiava e se vestia como gostaria de sair, mas jamais botou a cara no sol com um batom. “Eu tinha medo, muito medo, e comecei a criar alguns mecanismos de proteção, como a introspecção, para evitar me expor e mostrar o que eu carregava comigo”, conta.
Leia aqui a íntegra do perfil.
- Este texto é parte do ensaio “Quem dá a letra do seu Carnaval“, produzido pela revista “Gênero e Número” e pelo bloco de Carnaval Mulheres Rodadas. Acompanhe as trajetórias de dez mulheres que vivem a cultura carnavalesca de fevereiro a fevereiro na página especial da campanha #CarnavalSemAssédio.