Aline Valentim, a rainha negra do maracatu carioca
Por revista "Gênero e Número" e bloco Mulheres Rodadas
Por algum tempo, Aline Valentim foi a única mulher negra do maracatu carioca e não encarava isso com naturalidade.
Coreógrafa e bailarina, havia se aproximado do maracatu justamente no momento em que buscava maior vínculo com expressões da cultura negra, ainda no final dos anos 90, e rapidamente entendeu que, além do conhecimento que acumulava na dança, ela também levaria para aquela manifestação cultural uma ação um tanto política. “Resolvi buscar um pacto de negritude, ainda que com muito diálogo e respeito”, conta Valentim.
O pacto é com jovens ou veteranos que chegam até ela interessados na dança. Trata da valorização da raiz negra que o maracatu carrega, e que a coreógrafa faz questão de destacar nas aulas que promove, nos ensaios com seus alunos e suas alunas e nas apresentações com o grupo Rio Maracatu, onde já está há 22 anos.
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Como conhecedora da história, depois de muitas pesquisas e de constantes idas ao Recife _ referência para o assunto _, ela também busca valorizar a presença feminina entre os integrantes. “O maracatu tem um traço de matriarcado, a rainha é figura importantíssima, de destaque, e isso precisa ser valorizado”, explica.
Leia aqui a íntegra do perfil.
- Este texto é parte do ensaio “Quem dá a letra do seu Carnaval“, produzido pela revista “Gênero e Número” e pelo bloco de Carnaval Mulheres Rodadas. Acompanhe as trajetórias de dez mulheres que vivem a cultura carnavalesca de fevereiro a fevereiro na página especial da campanha #CarnavalSemAssédio.