Alta do gás obrigou 1,2 mi de domicílios a usar lenha ou carvão
Aumento do gás de cozinha foi o maior registrado desde 2002, segundo levantamento do IBGE. Região Nordeste do país foi a mais afetada com 411 mil domicílios
A crise que afundou o Brasil em um abismo social sem precedentes faz milhões de vítimas. E os efeitos, vivenciados na rotina, estão postos à mesa: diante do preço do gás de cozinha que teve alta acima da inflação, lenha ou carvão voltaram a fazer parte do preparo de alimentos de 1,2 milhão de brasileiros, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Via Folha de S. Paulo
Ao todo, em 2017, 12,3 milhões de domicílios usaram lenha ou carvão como combustível na cozinha. Crescimento de 11% em relação aos 11, 1 milhões de 2016, de acordo com o levantamento.
A mudança se deve ao fato de que, em junho de 2017. a Petrobras adoto uma nova política de preço sobre o gás de cozinha, passando acompanhar as cotações internacionais do produto.
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Maior aumento desde 2002
Com o maior aumento desde 2002, o preço de botijão de gás teve acréscimo de 16,4% no ano, com a inflação já descontada, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Ainda de acordo com a pesquisa, o uso de lenha ou carvão foi detectado em todas as regiões: sobretudo nas regiões Norte (alta de 16% ou 239 mil domicílios) e Sudeste (alta de 13% ou 244 mil domicílios). O Nordeste apresentou o maior aumento, onde 411 mil domicílios passaram a usar os dois combustíveis (10% em relação ao ano anterior).
Das 27 capitais, Belém reúne a maior proporção de domicílios que usam os dois combustíveis, com 42%. Enquanto Curitiba registrou a maior alta de domicílios que recorreram ao uso de lenha ou carvão na cozinha, saltando de 18 mil para 51 mil. Confira a matéria completa no site da Folha de S. Paulo.