Alunos de medicina denunciam abusos e violência em universidades; confira exemplos de trotes criativos
Recentes denúncias contra veteranos de faculdades de medicina em São Paulo revelam omissão, descaso e abusos
Em dezembro do ano passado, desde que foi instaurada a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre possíveis violações de direitos humanos em festas e confraternizações das universidades paulistas, inúmeros relatos de abusos tornaram-se públicos. Entre os casos, estudantes de medicina de instituições públicas e privadas são denunciados em episódios de violência marcados por humilhação psicológica, física, assédio contra mulheres e outras muitas formas de agressão.
Recentemente, dois novos episódios noticiados pela mídia estampam os crimes praticados por alunos em eventos ligados à Universidade de São Paulo e PUC de Campinas.
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Estupro, agressão e humilhações
Durante sessão da CPI realizada na última terça-feira, 13 de janeiro, alunos revelaram detalhes de festas ocorridas na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
De acordo com relato de um deles, os calouros são levados para uma sala da faculdade e obrigados a tirar a roupa. Depois, os estudantes mais novos são obrigados a beber até passar mal. Outro relato revela que os alunos são levados à força para uma sala, onde alguns eram forçados a simular atos sexuais.
Chopada
Em outra sessão da CPI que apura os excessos dentro das faculdades, alunos da PUC de Campinas relatam a conivência dos docentes da instituição em entrevista à PONTE , “boa parte dos alunos tem medo de criticar os docentes médicos, não acreditando que a instituição irá colocar alguém melhor que eles no lugar. Há um descrédito dentro da faculdade em relação à reitoria e um endeusamento desses professores médicos”.Além dos trotes violentos, os relatos revelam denúncias de fornecimento de drogas e contratações de prostitutas em eventos universitários.
Trotes solidários, literários e criativos
Contra todo tipo de violência praticada nas universidades – e fora delas o Catraca Livre repudia os cada vez mais ‘comuns’ episódios de abuso cometidos por alunos, além da omissão das autoridades responsáveis.
Para reacender o debate e buscar soluções coletivas para a questão, relembramos exemplos positivos de confraternização, marcados por boas ações e criatividade. Por um mundo um sem humilhação, assédio, agressão e qualquer manifestação de desrespeito. Confira:
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