Alunos e escola explicam por que professor se vestiu de nazista

Recentemente circulou nas redes sociais um caso polêmico do professor Gabriel Tebaldi com vestimenta nazista em sala de aula. Docente de história e colunista do jornal Gazeta Online, do Espírito Santo, ele começou a ser acusado de fazer apologia ao nazismo.

Professor veste roupa nazista para explicar contexto histórico aos alunos
Créditos: Reprodução/Twitter
Professor veste roupa nazista para explicar contexto histórico aos alunos

Os internautas chegaram a citar a lei que classifica como crime (parágrafo 1º do artigo 20): “ “§1º – Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena – reclusão de dois a cinco anos e multa” (lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989).

Imediatamente os alunos saíram em defesa do professor. Em carta pública declaram que tudo estava dentro do contexto da aula. Gabriel se vestiu de nazista para explicar sobre o período histórico, sendo prática comum se caracterizar em aulas temáticas. Mas, que em nenhum momento ele propagou ideias nazistas.

Carta pública de alunos esclarece que professor se veste com o tema da aula para explicar história
Créditos: Reprodução
Carta pública de alunos esclarece que professor se veste com o tema da aula para explicar história
Carta pública de alunos esclarece que professor se veste com o tema da aula para explicar história
Créditos: Reprodução
Carta pública de alunos esclarece que professor se veste com o tema da aula para explicar história

O colégio Charles Darwin também divulgou comunicado, publicado no Globo, defendendo a didática do professor como tendo o “objetivo de enriquecer o conteúdo em sala de aula, [o professor] traz outros personagens históricos, há vários anos, para as suas aulas, tais como, soldado romano, monarca, entre outros temas, dependendo do que está sendo lecionado, e consegue dentro dessa estratégia de ensino, atrair a atenção dos alunos e ter uma boa avaliação em suas enquetes.”

“O Centro Educacional Charles Darwin Ltda, em atenção às diversas manifestações, inerentes às postagens publicadas nas redes sociais sobre a aula do professor de História Gabriel Tebaldi ocorrida no dia 21/09/2018, passa a esclarecer:

1. A aula ministrada pelo professor de história desenvolveu-se em um ambiente temático, com o intuito de torná-la mais dinâmica e interativa, retratando o personagem em sala de aula quando o conteúdo estava relacionado à “Segunda Guerra Mundial”.

2. Não só relacionado ao tema acima, o professor de História, com o objetivo de enriquecer o conteúdo em sala de aula, traz outros personagens históricos, há vários anos, para as suas aulas, tais como, soldado romano, monarca, entre outros temas, dependendo do que está sendo lecionado, e consegue dentro dessa estratégia de ensino, atrair a atenção dos alunos e ter uma boa avaliação em suas enquetes.

3 . Em momento algum, há relatos dos nossos alunos que o professor Gabriel desempenhou apologia ao nazismo. Ao contrário, temos registro que o conteúdo ministrado na aula ocorrida no dia 21/09/2018 foi dado dentro da proposta pedagógica da nossa escola e instante algum defendeu, pregou ou incitou a ideologia do regime nazista. Pelo contrário, o professor trouxe as atrocidades do nazismo e o quanto é importante a democracia.

4. Ressaltamos, que, visando outorgar aos nossos profissionais o papel de líder educador, promovemos reuniões periódicas em grupo e individuais, oferecemos a eles participações em congressos e palestras especializadas, dentre outras promoções que têm o objetivo de estimular o respeito e a boa convivência.

5. O Darwin, baseado em princípios educacionais, valores democráticos e o respeito, prima dar uma formação educacional aos seus alunos de total qualidade, preservando a integridade, assegurando sempre o bom convívio com os pais e a Sociedade Civil, sem qualquer envolvimento político.

6. Convidamos todos a conhecerem pessoalmente a nossa escola, nossos valores e nosso ideário, assim, poderão construir um conceito a nosso respeito isento de comentários externos, o que consideramos fundamental nesses tempos de opiniões e informações nem sempre edificantes.

A Direção”