Amarelo é a cor mais quente

A era de ouro das pulp fictions lésbicas deixou como recordação algumas capas curiosas

Durante boa parte do século XX, os romances “pulp” tiveram sucesso semelhante ao que as séries de TV têm hoje. Chamados assim devido ao seu formato menor, impresso em papel de baixa qualidade – muitas vezes amarelo –, eles correspondiam a uma opção muito procurada de entretenimento.

Enredos e capas variavam entre o sério e o obtuso nas pulp fictions lésbicas do pós-guerra.

O que pouca gente sabe é que o período entre os anos 1950 e 1965 apresentou o florescer de um gênero específico de pulp fictions: o de histórias lésbicas. Os enredos eram quase sempre os mesmos. Garotas comuns, desiludidas com os romances, sofrem nas mãos do mundo impessoal e friamente libidinoso, mas encontram, por fim, o amor nos braços de um homem ou uma mulher. Convenções, identidade, masculinidade, pertencimento e, principalmente, desejo eram temas constantemente presentes nessas publicações.

Foram as capas, contudo, que mais marcaram o período. Elas contém imagens chamativas, algumas vezes até sensacionalistas, acompanhadas de textos sugestivos. Os autores da época costumavam reclamar da falta de fidedignidade das ilustrações, que, para eles, não correspondiam muito bem ao conteúdo das páginas amareladas.

Enquanto as ficções pulp não tinham a TV e os quadrinhos como concorrentes, foram sucesso de vendas. Hoje, fica o registro de algumas de suas capas, que podem ser vistas na galeria a seguir.

As imagens são da  coleção de arquivos da Beinecke Rare Book and Manuscript Library‘sLeia mais sobre a Era de Ouro das pulp fictions lésbicas aqui.

Via Ideia Fixa.