Angelina Jolie defende direitos de refugiados sírios em carta
As palavras de Angelina Jolie sobre os refugiados estão repercutindo nos parlamentos e nas casas de inúmeros cidadãos. A atriz enviou uma carta ao jornal britânico ‘The Times‘, assinada em conjunto com a baronesa Arminka Helic, na qual defende “uma saída diplomática que ajude a solucionar o conflito na Síria”. Elas acreditam que somente o acolhimento de refugiados “não resolverá o problema”.
A atriz fez recentemente uma visita à Inglaterra como embaixadora do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). Após a publicação da mensagem pelo jornal em sua edição digital, o alerta de Angelina gerou inúmeros comentários nas redes sociais sobre o assunto. Além disso, voltou a circular na internet o discurso pronunciado por ela em abril passado na sede das Nações Unidas, em Nova York, em que denunciava a situação vivida pelos sírios.
“Não deveríamos nos surpreender com o fato de pessoas que sofreram anos de guerra e viveram em campos de refugiados com alimentação precária estejam agora tomando decisões em sua própria defesa. Quantos de nós poderiam dizer honestamente que não fariam a mesma coisa se estivessem no seu lugar, enfrentando o medo, a perda de esperança e uma evidente ausência de vontade política internacional para se acabar com esse conflito?”, escreve Jolie.
Na carta, a atriz lembra que em “uma situação de emergência” é preciso saber distinguir os diferentes tipos de migrantes. “Deveríamos saber distinguir os emigrantes econômicos, que procuram escapar da pobreza extrema, dos refugiados que fogem de uma ameaça imediata a suas vidas. Todas as pessoas que deixam seus países sob essas circunstâncias trágicas têm de ter os seus direitos humanos e sua dignidade respeitados, assim como suas necessidades compreendidas e atendidas. Não deveríamos estigmatizar ninguém por ansiar por uma vida melhor”.
Ela ainda faz um alerta aos países de acolhimento: “Esta não é a primeira crise de refugiados que acontece, e não será a última. Da Europa à América, nossos países se baseiam em uma tradição de ajuda a refugiados, desde os flagelos resultantes da Segunda Guerra Mundial até a crise dos Bálcãs nos anos noventa. A maneira como agiremos neste momento definirá o tipo de nação que somos, a profundidade de nossa humanidade e a força de nossas democracias”.
A mensagem publicada pelo ‘The Times’ não é a única declaração pública recente de Angelina. Ela também visitou o parlamento inglês, falando sobre a violência sexual que atinge as vítimas de uma guerra como a da Síria. Assista ao vídeo com o discurso: