Ex-líder negacionista italiano se arrepende e pede perdão
Ele se destacou no movimento negacionista na Europa
Pasquale Bacco, de 49 anos, médico e ex-líder negacionista e antivacina, se arrependeu de sua posição, depois de mais de mais de cinco milhões de mortos na pandemia da covid-19 em todo o mundo. “Temos essas mortes na consciência”, disse ele em entrevista ao site “El Mundo”.
“Nós éramos uns grandes canalhas, não escondo, essa é a verdade. Um dia nós deveríamos ser responsáveis por essas coisas. Infelizmente. Por isso eu pedi desculpas a todos, mas esse perdão é inútil”.
Bacco foi um dos nomes do evento chamado “dia sem medo”, no qual propagou falsas informações e teorias conspiratórias.
Segundo relato do próprio médico, ele mudou de ideia depois da morte de um homem de 29 anos, vítima do novo coronavírus. “Ele tinha os vídeos dos meus comícios nas manifestações dos não vacinados no celular. A família disse que ele era meu fã.”
“Não disseram com raiva, pelo contrário, e isso me amargurou ainda mais. Eu sinto que a morte foi minha culpa.”
Ele está suspenso da ordem médica na Itália por seis meses e não apelou.
“Ser antivacina pode ser um negócio e a oportunidade transforma um homem em ladrão”, revelou.