Anvisa aprova métodos alternativos a testes de produtos em animais

A agência deve publicar nos próximos dias a aprovação de 17 novos métodos para evitar o sofrmento das cobaias

17/09/2014 22:48 / Atualizado em 04/05/2020 14:56

Não é de hoje que os testes de produtos sujeitos à vigilância sanitária realizados em animais incomoda boa parte da sociedade. Em resposta a protestos crescentes, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve publicar nos próximos dias a aprovação de 17 métodos alternativos para testes de medicamentos, cosméticos e produtos de limpeza em geral.

A ideia é criar alternativas para acabar com o sofrimento dos animais
A ideia é criar alternativas para acabar com o sofrimento dos animais

Os experimentos têm a finalidade de garantir a segurança e devem ser feitos de acordo com as regras da agência. Um dos testes que mais desagradam, aquele realizado em animais para saber se determinado produto causa irritação na pele, poderá ser feito em uma espécie de pele artificial.

Outras inovações também terão efeito, como a utilização do método in vitro, que usa culturas celulares para avaliar danos de subståncias ao DNA. A mudança nas regras para testes foi decidida em agosto, após pedido do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal e deve entrar em vigor ainda este ano.

Apoio no Senado

As ações diretas de ativistas que defendem a proteção dos animais em 2013 intensificaram o debate em torno do tema e chamaram a atenção, inclusive, do Senado brasileiro. Sensível a certos tipos de demanda, o senador Eduardo Suplicy encabeçou a luta entre seus colegas parlamentares e criticou duramente um projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados em junho deste ano.

Em seu texto, o PLC 70/2014 – PL 6602/13 proíbe o testes sobre os produtos acabados, mas não proíbe experimentos sobre os ingredientes. “A maioria dos testes em animais são para os ingredientes utilizados nos cosméticos e esse ponto o projeto de lei não veda”, afirmou Suplicy em um vídeo da associação Humane Society International. “O ponto central do problema continua em aberto permitindo que as empresas continuem a usar animais em testes”, completou o senador.

Via Planeta Sustentável