Ao invés de criticar o machismo, a Heineken acabou criando um novo estereótipo de mulher

Eu não gosto de futebol. Eu até me esforcei muito para gostar, quando era mais nova, porque parecia algo que uma garota legal deveria curtir. Mas, bem, a verdade é que eu não me interesso pelo esporte. É claro que adoro uma Copa do Mundo, com todo mundo junto tomando cerveja e comendo besteira. Mas confesso que gosto mais pelas pessoas do que pelo jogo em si. É pela emoção de todo mundo querendo a mesma coisa. Isso sim me move. Mas não é algo de todo domingo. E depois de adulta entendi que tudo bem, eu não preciso gostar de futebol para ser uma mulher interessante.

Padrões são um negócio aprisionante. Você pre-ci-sa ser assim ou assado. Você TEM que. Senão… Ah, senão nada de certo vai acontecer e você vai morrer sozinha rodeada de gatos. No fundo eu me pergunto: qual seria o problema disso?

E então, pensando em combater o machismo, a publicidade faz o que? Cria um novo padrão: a mulher gata, gostosa e incrível que curte spa, está sempre maravilhosa, penteada, com a unha feita e ainda gosta de futebol tanto quanto você.

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