Aplicativo oferece serviço para mulheres em situação de risco
O aplicativo é gratuito e permite que usuárias enviem mensagem a uma rede de confiança quando se sentirem em risco
Um levantamento da ActionAid, realizado com 503 mulheres de quatro capitais brasileiras, mostrou que pelo menos 86% delas já mudaram sua rotina de alguma forma por causa do assédio sexual, como alterar o caminho (55%), evitar áreas mal iluminadas (52%), solicitar a companhia de outras pessoas (44%) e até desistir de ir a lugares (18%).
Pensando nisso, a Gênero e Número – iniciativa independente de jornalismo de dados com foco em questões de gênero – lançou o aplicativo “Braços Dados” para ajudar as mulheres que se sentirem em situação de risco nos espaços públicos.
A ferramenta gratuita oferece às usuárias um serviço de envio de mensagem de urgência a uma rede de cinco pessoas previamente cadastradas. Ao acionar um botão, os contatos pré-selecionados recebem um alerta com a localização da usuária.
- Programa oferece curso gratuito de programação para mulheres
- Como o DIU é retirado e quais os efeitos colaterais
- 17 programas e ONGs que oferecem bolsas de estudo para mulheres
- 17 programas e organizações que oferecem bolsas para mulheres
O app, disponível para sistema Android na Play Store, foi desenvolvido para atender a um amplo público que diariamente tem sua mobilidade impactada pela percepção de insegurança. Ao acionar a rede, a usuária registra sua localização, e depois pode precisar o tipo de situação que a levou a se sentir insegura.
A expectativa é que o “Braços Dados”, além de um serviço para as mulheres, também seja um aliado para mapear espaços e situações onde elas se sentem em risco.
Por dentro do mapeamento
A ferramenta coleta dados anonimizados e agregados das usuárias, o que significa que toda informação coletada não traz identificações pessoais.
Esses levantamentos vão compor um banco de dados sobre a percepção de insegurança de mulheres no espaço público, cujo objetivo é promover debates mais informados e direcionar políticas públicas de planejamento urbano com recortes de gênero.
Assista ao vídeo:
- Veja como denunciar: