Aplicativo que ‘embranquece’ usuários é acusado de racismo

Além de sugerir que o tom de pele claro é mais belo, o app afina traços

Por: Jonas Carvalho
O ator Will Smith após passar pelo FaceApp

Um aplicativo para iOS e Android está rendendo uma polêmica relacionada a racismo.

Trata-se do FaceApp, que promete “embelezar” os usuários utilizando a tecnologia da inteligência artificial. Ele altera o rosto das pessoas em suas selfies, prometendo melhorar sorrisos ou deixar os retratados mais atraentes, por exemplo.

Acontece que a opção de embelezamento do aplicativo sugere claramente que “embranquecer” o tom de pele do usuário ou afinar os seus traços, deixando-os similares ao traço europeu, é uma forma de deixar as pessoas mais bonitas.

Para o site Mashable, o fundador e CEO do aplicativo, Yaroslav Goncharov, disse lamentar pelo ocorrido e que se trata de um “infeliz efeito colateral da rede neural”, e que não era essa a intenção quando o app foi criado. A solução encontrada foi apenas mudar o nome da ferramenta para não associá-la ao embelezamento.

Não é a primeira vez que aplicativos são acusados de racismo. O Snapchat, por exemplo, já teve filtros racistas duas vezes: ao permitir que usuários fizessem “blackface” e também em relação a estereótipos asiáticos.

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