Aplicativo que ‘embranquece’ usuários é acusado de racismo
Além de sugerir que o tom de pele claro é mais belo, o app afina traços
Um aplicativo para iOS e Android está rendendo uma polêmica relacionada a racismo.
Trata-se do FaceApp, que promete “embelezar” os usuários utilizando a tecnologia da inteligência artificial. Ele altera o rosto das pessoas em suas selfies, prometendo melhorar sorrisos ou deixar os retratados mais atraentes, por exemplo.
#faceapp is super racist. This is their “spark” aka “hot” filter. pic.twitter.com/LzkZT6aWwq
— Maureen Rose (@mo_hegs) 25 de abril de 2017
Acontece que a opção de embelezamento do aplicativo sugere claramente que “embranquecer” o tom de pele do usuário ou afinar os seus traços, deixando-os similares ao traço europeu, é uma forma de deixar as pessoas mais bonitas.
#faceapp isn’t’ just bad it’s also racist…???? filter=bleach my skin and make my nose your opinion of European. No thanks #uninstalled pic.twitter.com/DM6fMgUhr5
— Terrance AB Johnson (@tweeterrance) 19 de abril de 2017
Para o site Mashable, o fundador e CEO do aplicativo, Yaroslav Goncharov, disse lamentar pelo ocorrido e que se trata de um “infeliz efeito colateral da rede neural”, e que não era essa a intenção quando o app foi criado. A solução encontrada foi apenas mudar o nome da ferramenta para não associá-la ao embelezamento.
Since I did my face reveal, I also did the face app thing, tell me what you think, also “hot” me is just me with lighter skin, so racist, :P pic.twitter.com/l2rrVobWyW
— Doughy (@_Doughy_) 23 de abril de 2017
Não é a primeira vez que aplicativos são acusados de racismo. O Snapchat, por exemplo, já teve filtros racistas duas vezes: ao permitir que usuários fizessem “blackface” e também em relação a estereótipos asiáticos.
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