Após mobilizar 72 mil pessoas em um abaixo-assinado criado na plataforma Change.org, a estudante de biologia Fernanda Zelmikatis, 19 anos, de São Sebastião, no litoral de São Paulo, recebeu uma resposta da OLX com a confirmação de que o site modificou a sua política de uso em relação à venda de animais maltratados e silvestres.

Entre as medidas tomadas, a empresa criou a categoria de animais no seu sistema de denúncias e também um botão específico para coibir este conteúdo. Como o site recebe milhares de classificados, a OLX reforça que conta com o apoio das pessoas engajadas na causa animal para identificar e denunciar este tipo de anúncio.

Assim que descobriu a falha no site em janeiro deste ano, Fernanda criou o abaixo-assinado, conforme matéria publicada no Catraca Livre. “Fiquei chocada ao saber que a OLX permite a venda de todo tipo de animais, como filhotes de cães e gatos, animais da fauna brasileira (inclusive araras) e até ‘serviços’ suspeitos para obter licenças provavelmente fraudadas para criar animais silvestres”, escreveu ela no texto.

Ao receber a confirmação da mudança da política de uso da OLX, a estudante agradeceu aos mais de 72 mil apoios, mas ressaltou que espera que a mesma medida seja tomada também pelas outras empresas de vendas online para que seja possível, cada vez mais, denunciar pessoas que utilizam a internet para fazer comércio ilegal de animais.

“Foi uma ótima experiência para mim fazer esta petição porque conheci outras pessoas que têm o mesmo pensamento que eu e que também são protetoras dos animais”, conta Fernanda. A resposta completa da OLX pode ser lida aqui.