Após bloqueio do STF, fundador do Telegram se desculpa: ‘problema com e-mails’
Pavel Durov pediu ao Supremo Tribunal Federal do Brasil mais alguns dias para escalar um representante do aplicativo no país
Pavel Durov, fundador do Telegram, postou nesta sexta-feira, 18, uma mensagem em seu canal no aplicativo para falar sobre a ordem de bloqueio do serviço no Brasil.
“Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder”, escreveu.
“Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”, prosseguiu.
O empresário russo relembrou que, em fevereiro deste ano, o aplicativo cumpriu uma decisão judicial no país. Ele se referiu à ordem de Moraes para bloquear três perfis vinculados ao blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.
De acordo com Durov, o Telegram respondeu à Justiça brasileira com sugestões de enviar futuras solicitações para um e-mail dedicado apenas para isso.
“Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco”, publicou.
“Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal”, disse.
Durov afirmou que milhões de brasileiros utilizam o Telegram para conversar com familiares e amigos, e pediu para o Supremo adiar a decisão por alguns dias.
Ele disse que um novo prazo vai permitir à plataforma colocar um representante no Brasil e estabelecer uma estrutura para lidar com futuros casos que sejam urgentes.
Durov também disse que as últimas três semanas foram inéditas para o mundo e para o próprio aplicativo. Ele afirmou que a equipe de moderação de conteúdo foi “inundada com solicitações de várias partes”.
“Estou certo de que, uma vez estabelecido um canal de comunicação confiável, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos que são ilegais no Brasil”, falou.