Após ser morto a facadas, homem gay é deixado em posição de cruz

A polícia já começou a investigar o caso, em que se suspeita que a motivação do crime tenha sido homofobia

A Polícia Civil de Mato Grosso passou a investigar um crime brutal com um home gay de 29 anos, identificado como Roger André Soares da Silva. Ele era morador do bairro Parque Cuiabá, localizado na capital matogrossense.

Após ser morto a facadas, homem gay é deixado em posição de cruz
Créditos: Divulgação
Após ser morto a facadas, homem gay é deixado em posição de cruz

A vítima recebeu tantas facadas que só uma perícia vai conseguir dizer a quantidade certa de ferimentos — está sendo estimado que foram 30.

Ele foi achado no interior de uma casa por uma testemunha que é familiar do dono do imóvel, que estava viajando. Próximo ao corpo, o assassino chegou a desenhar crucifixos com o sangue da própria vítima, que também teria sido deixada em posição igual a de uma pessoa crucificada.

A principal suspeita é de que o crime tenha sido motivação homofóbica, porque a vítima era homossexual e teria sido seduzida para uma espécie de encontro, que, segundo as investigações, morava de favor naquela residência. A única testemunha disse aos policiais que não conhecia Roger e, também, que não viu durante o dia inteiro o homem que morava ali.

A Delegacia de Homicídios disse que as investigações estão em andamento para esclarecer o caso e que todos os trabalhos periciais já foram feitos na cena do crime. O corpo já foi levado ao Instituto Médico-Legal de Cuiabá, onde passa por mais uma perícia.

Homofobia é crime

Desde junho de 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo.

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.