Após ser morto a facadas, homem gay é deixado em posição de cruz
A polícia já começou a investigar o caso, em que se suspeita que a motivação do crime tenha sido homofobia
A Polícia Civil de Mato Grosso passou a investigar um crime brutal com um home gay de 29 anos, identificado como Roger André Soares da Silva. Ele era morador do bairro Parque Cuiabá, localizado na capital matogrossense.
A vítima recebeu tantas facadas que só uma perícia vai conseguir dizer a quantidade certa de ferimentos — está sendo estimado que foram 30.
Ele foi achado no interior de uma casa por uma testemunha que é familiar do dono do imóvel, que estava viajando. Próximo ao corpo, o assassino chegou a desenhar crucifixos com o sangue da própria vítima, que também teria sido deixada em posição igual a de uma pessoa crucificada.
- Morte de homem após câncer ser confundido com apendicite gera alerta
- Sem água e luz, homem é resgatado de situação análoga à escravidão em SC
- Menina de 27 dias morre após ser estuprada; Pai foi preso no enterro
- Mulher é assassinada por namorado em festa de reconciliação
A principal suspeita é de que o crime tenha sido motivação homofóbica, porque a vítima era homossexual e teria sido seduzida para uma espécie de encontro, que, segundo as investigações, morava de favor naquela residência. A única testemunha disse aos policiais que não conhecia Roger e, também, que não viu durante o dia inteiro o homem que morava ali.
A Delegacia de Homicídios disse que as investigações estão em andamento para esclarecer o caso e que todos os trabalhos periciais já foram feitos na cena do crime. O corpo já foi levado ao Instituto Médico-Legal de Cuiabá, onde passa por mais uma perícia.
Homofobia é crime
Desde junho de 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo.
Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.
Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.
Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.