Após relatar ameaças, transexual brasileira é achada morta em praia de Portugal

A polícia de Portugal está investigando o caso

12/01/2021 14:08

Na tarde da última segunda-feira, 11, uma transexual brasileira de Goiânia foi achada morta em uma praia de Portugal. Angelita Seixas Alves Correia, de 31 anos, era instrutora de dança e personal trainer. A irmã, Suzana Alves Alcântara, de 42 anos, contou que Angelita relatou, através de uma transmissão ao vivo, estar sofrendo ameaças, porém sem detalhes. Ela estava desaparecida desde o primeiro dia do ano de 2021. As informações são do G1.

Após relatar ameaças, transexual brasileira é achada morta em praia de Portugal
Após relatar ameaças, transexual brasileira é achada morta em praia de Portugal - Divulgação

Suzana disse que a irmã tinha se mudado para as terras portuguesas em 2016 e por lá se casou em 2018. Ela estava morando na cidade de Matosinho. No dia 1º saiu de sua residência falando ao marido que iria até a casa de uma amiga.

“À noite, eu vi uma notificação no Instagram dela fazendo uma ‘live’. Ela disse que estava sendo ameaçada, mas que não tinha medo. Em seguida, a live pausou. Minha sobrinha chegou a ligar para ela depois e contou que a Angelita estava muito nervosa, olhando para os lados e pedindo para ligar para o marido dela”, contou ao G1.

Após isso, a personal não foi mais vista em lugar nenhum. “A gente estava em contato diário com a polícia lá e tínhamos a esperança de encontrar ela com vida”.

Um surfista achou o corpo de Angelita e logo na sequência acionou a polícia. Com ela, estavam alguns objetos pessoais. Ainda não há muitas informações sobre o caso, mas a família já entrou em contato com a polícia de Portugal.

Suzana está em contato com o consulado português e espera por uma resposta para saber se vai conseguir viajar. Ela também aguarda que a polícia passe informações sobre as investigações da morte da irmã.

Em decorrência da pandemia de Covid-19, Suzana não sabe se vai conseguir viajar para Portugal. “As fronteiras estão fechadas. E se eu conseguir viajar, não sei se consigo voltar. Também não sei se vou conseguir trazer o corpo dela nessa situação e se o marido também vai autorizar”, explica.