Após Vélez defender golpe, militares pressionam por sua saída
Segundo apuração da 'Folha', 'paciência' de militares com Ricardo Vélez acabou
O ministro da Educação, Ricardo Vélez, que vira alvo de críticas dia sim, outro também, por decisões no mínimo questionáveis na pasta, continua a colecionar desafetos: segundo apuração do repórter Igor Gielow, da “Folha”, a cúpula militar se irritou depois que Vélez defendeu que os livros didáticos mudem a narrativa sobre 1964, ensinando que não se tratou de um golpe, e está pedindo sua cabeça. Irônico, não?
Tanto militares da ativa quanto os que fazem parte do governo Bolsonaro ouvidos pelo jornal apontaram que a tentativa de mudar a narrativa histórica do golpe foi a gota d’água e que a “paciência” para com o ministro acabou. Agora, irão fazer chegar essa avaliação até o presidente e pressionar pela saída do colombiano.
Vélez já está sob “intervenção” desde a semana passada, quando o brigadeiro da reserva Ricardo Machado foi indicado para ser o número 2 da pasta, com a responsabilidade de ficar de olho em tudo o que o ministro implantar.
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
- Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico” na última quarta-feira, 3, Vélez disse que “haverá mudanças progressivas” nos livros didáticos para que “as crianças possam ter a ideia verídica” do que foi o golpe militar de 1964.
“Haverá mudanças progressivas [no conteúdo dos livros didáticos] na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla”, afirmou o ministro.
Segundo Vélez, “o papel do MEC é preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história”.