Aposentadoria de Bolsonaro e 141 deputados pode chegar a 33 mil
Aposentadoria concedida a 142 deputados e ex-deputados, incluindo o atual presidente, vale seis vezes mais que o teto do INSS
Das mais caras pautas ao novo governo, a reforma da Previdência ainda é motivo de muito debate e desconfiança. Afinal, por que políticos e militares pressionam para ficar de fora do novo texto que será apresentado ao Congresso Nacional ?
Neste cenário de ebulição que tomou conta da política nacional, notícia divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 15, revela que um grupo de 142 deputados, e ex-deputados, que neste caso inclui o atual presidente Jair Bolsonaro, poderão pedir aposentadoria, a partir de fevereiro, avaliada em até R$ 33.763 – quase seis vezes mais que o teto do atual do INSS – que hoje chega a 5.645,80. Bolsonaro, por exemplo, poderá acumular a aposentadoria mais R$ 30.934,70, salário que recebe como presidente da República.

Caso aprovada, os parlamentares, responsáveis pelas mudanças na Previdência, poderão se aposentar por meio de dois planos_ambas om regras mais generosas do que propostas pela reforma.
Fosse sancionada por Michel Temer, os parlamentares teriam que cumprir regras mais rígidas propostas pela nova Previdência. Neste caso, ter as idades mínimas de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) e trabalhar por um período adicional de 30% sobre o tempo que faltaria para a aposentadoria.
Carreira política
Aos 63 anos, Bolsonaro foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1991. Passados 28 anos de mandato até os dias atuais, o atual presidente poderá ter direito a um benefício próximo do integral_equivalente a mais de 90% da remuneração de parlamentar). Terá 12 meses para solicitar o benefício com direito à retroatividade.
Dos 142 deputados e ex-deputados que têm direito ao benefício, 58 não foram reeleitos ou sequer concorreram a um lugar na Câmara. No Senado, 26 dos não reeleitos estão aptos receber o benefício. Confira a matéria na íntegra no site do Estadão.