Artigo alerta que criança deve brincar na natureza
para se preocupar em protegê-la
As crianças deixaram de brincar nas ruas, nos parques e nas praias com tanta frequência e liberdade. E, essa falta de contato com a natureza, com o ar livre, causa consequências, tanto nelas, como em todo o meio em que vivem. Este tema foi abordado por George Monbiot em artigo escrito para o jornal britânico The Guardian, no qual ele defende que, a cada ano que passa, as crianças estão mais presas dentro de suas casas.
A falta de contato com a natureza aconteceu por diversos motivos. Um deles, citados no artigo, é que nas décadas passadas as crianças tinham mais autonomia para brincar na rua e até mesmo ficarem sozinhas. Porém, nos dias atuais, os pais têm receio da violência, do trânsito e de pessoas estranhas, optando por deixarem seus filhos dentro de casa, “aos olhos” deles.
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Segundo o autor do artigo, apenas uma em cada dez crianças no Reino Unido tem o hábito de praticar atividades ao ar livre em ambiente natural. E, os adolescentes entre 11 e 15 anos gastam metade do dia em frente a uma tela, seja ela de computador, televisão ou smartphone. E esta situação é semelhante na maioria dos países pelo mundo.
O autor defende esse hábito “doméstico” como perigoso para a saúde das crianças, já que a falta de atividade pode resultar em doenças cardio-respiratórias, diabetes, obesidade e raquitismo, por exemplo.
O artigo ainda levanta a questão de que a falta de contato das novas gerações com a natureza pode se transformar em um problema ambiental, pois as crianças que não tiveram contato e intimidade com a natureza, possivelmente não terão cuidado ou se preocuparão em preservá-la.
Segundo Monbiot, se as crianças não tiverem um sentimento pelo mundo natural e tudo que o envolve, não possuírem experiências ligadas à natureza na infância, a chance de elas se tornarem pessoas que não protegerão o meio ambiente é muito maior. Ainda segundo o raciocínio do autor, os ativistas ambientais costumam ser pessoas que passaram a infância imersos na natureza.
Os espaços naturais incentivam a fantasia, a imaginação, o raciocínio, a observação e a criatividade. E eles estão disponíveis para todas as crianças, de qualquer idade e localidade. Incluir a criança ao mundo natural – com brincadeiras na grama, entre árvores, em água, ou na areia, por exemplo – só tende a ser benéfico a elas e ao mundo.
Com informações de The Guardian
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