Artista israelense questiona selfies no Memorial do Holocausto
No site Yolocaust, o artista Shanak Shapira questiona milhares de turistas que visitam o palco do holocausto para registrar momentos de descontração em meio às antigas valas dos campos de concentração nazista
A que custo vale a exposição nas redes sociais? Para aprofundar o assunto, o artista plástico israelense Shanak Shapira fez um compilado de selfies registradas no Memorial do Holocausto, em Berlim.
Em crítica ao turismo de entretenimento realizado nos antigos campos de concentração nazista, Shapira recria as poses dos dias no contexto da Segunda Guerra Mundial, que resultou na morte de pelo menos seis milhões de judeus na Europa. As fotos você confere no site Yolocaust, que faz uma breve reflexão sobre a insensatez nos tempos de redes sociais.
“Cerca de dez mil turistas visitam o Memorial todos os dias. Muitos deles tiram fotos bobas, pulam, andam de skate ou bike nas 2.711 lajes”.
Em meio às selfies descontraídas e, completamente, descompromissadas com o peso histórico local, o artista chama atenção para o descaso. “Não é desrespeitoso com as vítimas do Holocausto?”.
Entre os registros, um homem faz malabarismo com bolas cor-de-rosa e, na intervenção, é recriado numa vala que uma abrigou pilha de corpos; amigas se divertem em cima de obras simbólicas que representam a vida dos milhões de judeus exterminados, entre outros retratos turísticos.