Assassinato de ativista do #NiUnaMenos causa revolta na Argentina

A cada 30 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país

A argentina Micaela García, de 21 anos, foi encontrada morta no último sábado, dia 8, uma semana depois de ter desaparecido. A ativista era integrante do “Ni Una Menos”, movimento que teve visibilidade mundial no fim do ano passado ao lutar contra o feminicídio.

De acordo com informações do “El País“, o principal suspeito pelo crime é Sebastián Wagner, de 30 anos, que foi condenado em 2012 por dois casos de estupro, mas saiu em liberdade condicional há menos de um ano.

A ativista era integrante do movimento feminista ‘Ni Una Menos’

Micaela García desapareceu no dia 1º de abril quando saía de uma festa em Gualeguay, cidade na província de Entre Ríos, na Argentina. Câmeras de segurança da região registraram que a jovem foi perseguida por um carro, pertencente a Wagner.

Após uma denúncia da família do suspeito, ele foi preso em sua casa em Buenos Aires na última sexta-feira, 7. No mesmo dia, foram encontrados pedaços da roupa da vítima e a polícia localizou seu corpo no sábado, já em estado de decomposição.

O caso gerou indignação em várias cidades do país. No fim de semana, manifestações contra o machismo e a violência tomaram as ruas de Buenos Aires, Rosario, Santa Fé e outros locais.

A cada 30 horas, uma mulher é vítima de feminicídio na Argentina. Em 2016, foram 290 assassinatos de mulheres em todo o país.

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