Assessor de Bolsonaro faz gesto neonazista em sessão no Senado

Sinal conhecido como OK é uma referência à palavra em inglês "White power " (poder branco).

O gesto r neonazista de Filipe Martins, assessor especial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para política externa, foi condenado pelo Museu do Holocausto em Curitiba.

O gesto –sinal de OK—foi feito por Filipe Martins durante fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG).

 Filipe Martins faz gesto considerado racista durante fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG)
Créditos: Reprodução/Twitter
 Filipe Martins faz gesto considerado racista durante fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG)

“É estarrecedor que não haja uma semana que o Museu do Holocausto de Curitiba não tenha que denunciar, reprovar ou repudiar um discurso antissemita, um símbolo nazista ou ato supremacista. No Brasil, em pleno 2021. São atos que ultrapassam qualquer limite de liberdade de expressão”, escreveu o perfil do  Museu do Holocausto no Twitter.

“Estupefatos, tomamos notícia do gesto do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República durante sessão no Senado Federal. Semelhante ao sinal conhecido como OK, mas com 3 dedos retos em forma de ‘W’, o gesto transformou-se em um símbolo de ódio”, diz outro trecho da publicação.

Em muitos países em que o extrema-direita avança o gesto com os três dedos esticados simbolizam a letra “w”, que seria uma referência à palavra em inglês “white” (branco). O círculo formado representa a letra “p”, para a palavra “power” (poder).

Após repercussão, o assessor de Bolsonaro foi ao Twitter rebater as acusações de racismo.

“Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao ‘supremacismo branco’ porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um.”