Atacante Hulk afirma sofrer racismo em “quase todos os jogos” no campeonato russo
Sede da Copa do Mundo de 2018, Rússia acumula denúncias de discriminação no futebol; ex-atacante da seleção brasileira revela que é alvo de racismo em "quase todos os jogos"
Durante a Copa do Mundo no Brasil em 2014, o ex-atacante da seleção brasileira, Hulk, ao ser questionado sobre o público nordestino ser um “povo engraçado”, rebateu categoricamente a expressão utilizada pelo jornalista considerada preconceituosa. Quase um ano depois, o atleta volta a ser manchete por sua postura combativa à discriminação.
Em entrevista ao jornal inglês “Guardian”, o atleta que hoje atua no futebol russo pelo Zenit afirmou que jogadores estrangeiros são vítimas de racismo em “quase todos os jogos”. O país será sede da próxima edição da Copa do Mundo, em 2018.

Racismo em campo, nas arquibancadas e nas leis
- Tá calor? 13 belas cachoeiras para se refrescar em SP
- Esta bebida é capaz de reduzir colesterol alto, diz estudo
- Entenda por que o alecrim pode ajudar a turbinar sua memória
- Os pontos positivos da menopausa sobre os quais pouco se fala
Na última sexta-feira, 17 de julho, rodada de estreia do Campeonato Russo, o jogador ganês Emmanuel Frimpong revelou ter sido alvo de ataques racistas enquanto jogava pelo Ufa contra o Spartak Moscou. Frimpong acabou expulso de campo após responder às provocações com um gesto ofensivo aos torcedores do time rival.
E poderá ser punido com suspensão de dois a quatro jogos.“Vítima de racismo do jogo que eu amo. Vou enfrentar uma punição por ter sido vítima…. e sim, nós vamos receber uma Copa do Mundo no nosso país”, protestou o atleta via Twitter.
Na temporada passada, as equipes de Moscou, Spartak e o Torpedo, sofreram punições depois que seus torcedores entoaram cantos racistas contra o brasileiro Hulk. Em repúdio ao episódio, o técnico do Zenit, André Villas-Boas, disse que isso aquilo representava um “desastre” para a história do futebol do país.