Ataques em escolas já ocorreram ao menos outras 8 vezes no Brasil
Janaúba, Realengo e outros casos chocaram o país
O massacre na Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), nesta quarta-feira, 13, deixou 10 mortos e 9 feridos até o momento. Dois ex-alunos da instituição, Guilherme Taucce Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, entraram no local, fizeram os disparos e cometeram suicídio.
Veja as vítimas da tragédia:
- Os dois agressores, que cometeram suicídio;
- O dono da locadora de carros, Jorge Antonio Moraes;
- Duas funcionárias: Eliana Regina de Oliveira Xavier e a coordenadora pedagógica, Marilena Ferreira Vieira Umezo;
- 5 alunos, todos do Ensino Médio: Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e João Vitor Ramos Lemos, esse último morreu dentro do SAMU, a caminho do hospital.
Embora ataques a escolas sejam um problema recorrente nos Estados Unidos, que têm 10 incidentes a tiros em escolas por ano, o Brasil também já foi palco deste tipo de crime ao menos oito vezes. As informações são do G1.
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O massacre é o maior já registrado em São Paulo. Em abril de 2011, onze crianças morreram e 13 ficaram feridas no Rio de Janeiro depois que um homem atirou contra salas de aula lotadas em uma escola do bairro de Realengo.
Relembre abaixo outros episódios de ataques em escolas pelo país:
Medianeira, 2018:
Em setembro do ano passado, um adolescente de 15 anos entrou armado no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no Paraná, e atirou contra colegas de classe. Um aluno de 15 e outro de 18 anos ficaram feridos.
Janaúba, 2017:
Um segurança colocou fogo no Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, em Janaúba, Minas Gerais, em outubro de 2017. Oito crianças e uma professora morreram após o ataque.
O vigia da creche, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, jogou álcool nas crianças e nele mesmo, e, em seguida, ateou fogo. Havia 75 crianças e 17 funcionários na escola no momento do crime. O agressor chegou a ser internado, mas morreu horas depois.
Goiânia, 2017:
Em outubro de 2017, um estudante de 14 anos atirou contra colegas dentro do Colégio Goyases, em Goiânia. Dois alunos morreram e outros quatro ficaram feridos. O autor dos disparos foi apreendido. Segundo a polícia, a possível motivação do ataque seria bullying.
João Pessoa, 2012:
Um adolescente de 16 e outro de 13 anos foram apreendidos após um tiroteio em abril de 2012 na escola estadual Enéas Carvalho no Centro de Santa Rita, em João Pessoa. Os disparos feriram três alunos. O alvo era um jovem de 15 anos, mas outras duas vítimas foram atingidas.
São Caetano do Sul, 2011
Um estudante de 10 anos atirou contra uma professora na Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP), em setembro de 2011. Depois do disparo, ele atirou contra a própria cabeça e morreu no hospital. A docente sobreviveu.
Realengo, 2011
Em abril de 2011, um homem de 23 anos atirou contra alunos na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. Onze crianças morreram e 13 ficaram feridas, todas com idades entre 12 e 14 anos.
Após os disparos, o atirador, Wellington Menezes de Oliveira, foi atingido por um policial e se suicidou. Ele era ex-aluno da instituição.
Taiúva, 2003
Em Taiúva (SP), um ex-aluno também foi o autor de um ataque a tiros à Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em janeiro de 2003. Não houve vítimas fatais. Cinco alunos, a zeladora, o caseiro e uma professora ficaram feridos. De acordo com a polícia, o jovem era vítima de bullying.
Salvador, 2002
Um estudante de 17 anos matou a tiros duas colegas da escola particular Sigma, do bairro de Jaguaribe, em Salvador. O caso ocorreu em 2002. O agressor se entregou à polícia ainda dentro da instituição.