Atirador da Nova Zelândia critica diversidade racial do Brasil
Em manifesto publicado na internet, autor do massacre cita o país em seção intitulada "Diversidade e Fraqueza"
Brenton Tarrant, um dos autores do massacre na Nova Zelândia, que deixou 49 mortos nas mesquitas em Christchurch, publicou nas redes sociais um manifesto de 74 páginas extremistas. “Sou apenas um homem branco normal de 28 anos”, escreveu.
De acordo com as páginas, sua “única inspiração” é Anders Breivik, terrorista norueguês que matou 77 pessoas em 2011 e publicou um documento de 1,5 mil páginas em defesa da supremacia branca. Tarrant ainda se dizia apoiador do presidente norte-americano Donald Trump: “símbolo da identidade branca renovada”.
O Brasil também foi citado no manifesto, em uma seção intitulada “Diversidade e Fraqueza”, na qual o atirador critica nações abertas a outras culturas miscigenadas. “O Brasil, com toda a sua diversidade racial, está completamente dividido como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e se separam e segregam sempre que possível”, escreveu.
Ao texto todo, o australiano atribuiu o título “A grande substituição”, em referência a um livro do francês Renaud Camus, que defende a ideia de que a maioria branca da Europa está sendo substituída por imigrantes africanos.
Tarrant admite ainda que seu objetivo com o atentado seria criar uma “atmosfera de medo” e “incitar a violência” contra os imigrantes.