Ato em frente à PUC-SP termina em confronto com a PM
Diante dos riscos de conflitos durante as manifestações, o Catraca Livre lançou a campanha #protestoSIMviolênciaNÃO
Uma manifestação que começou com cerca de 100 pessoas, a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em frente à PUC-SP, no bairro de Perdizes, em São Paulo, terminou em confronto com a Polícia Militar na noite desta segunda-feira, dia 21. De acordo com relatos nas redes sociais, a PM lançou bombas de gás e balas de borracha em alunos que protestavam contra o ato.
Um grupo de estudantes de Direito, Administração e Economia que pedia a saída da presidente organizou uma manifestação na rua de trás da universidade. Alunos contrários ao impeachment foram ao local protestar e gritavam palavras de ordem como “Não vai ter golpe”.
A Polícia Militar, que separava os grupos de manifestantes, afastou o lado contra o impeachment com armas em punho. Ao mesmo tempo, um carro de som pró-impeachment saudava a corporação com gritos de “Viva a PM”.
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Os estudantes contrários ao ato começaram a pedir o fim da polícia militar e logo foram dispersados com bombas de gás e balas de borracha. Em entrevista à Folha de S.Paulo, uma aluna afirmou que bombas foram lançadas, inclusive, para dentro da universidade.
O Catraca Livre tentou entrar em contato com a Secretaria da Segurança Pública, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que “estudantes começaram a arremessar garrafas e latas e os policiais militares precisaram conter as agressões”.
Um protesto contra a ação da PM foi marcado para esta terça-feira, dia 22, às 10h, na PUC-SP.
Campanha #protesto sim, violência não
Diante dos riscos de um possível conflito durante as manifestações contra e pró-impeachment, o Catraca Livre acha totalmente válido que a população manifeste a sua opinião, mas também entende que as divergências não devem levar à violência.
Democracia significa antes de mais nada resolver os conflitos pelo diálogo.
Compartilhe a hashtag #protestoSIMviolênciaNÃO para pedir paz na rua durante as manifestações.