Ato homenageia 40 anos de morte de Zuzu Angel e lembra desaparecidos da ditadura

Caminhada terá presença da filha da estilista, Hildegard Angel, e começa às 11h no Parque do Ibirapuera

Há pouco mais de 50 anos, o Brasil viveria duas décadas de tensão social, perseguição política, cerceamento de direitos e da liberdade individual.

Centenas de pessoas torturadas, assassinadas e desaparecidas nas cidades, populações indígenas dizimadas (estima-se 8 mil mortes) e, ainda hoje, sente as consequências dos anos de chumbo: seja pela falta de informação ou pela postura ditatorial das corporações policiais ou até mesmo no discurso que sai à rua para pedir a volta da intervenção militar.

Em 2006, filme “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende, resgatou história da estilista morta pela ditadura há quase 40 anos
Em 2006, filme “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende, resgatou história da estilista morta pela ditadura há quase 40 anos

Nesta sexta-feira, sexta-feira da Paixão, uma caminhada realizada em São Paulo homenageará a estilista Zuzu Angel, assassinada há 40 anos pela repressão. Sua culpa: procurar o corpo de seu filho, Stuart Angel, também assassinado pela ditadura. O dia também resgata a memória do operário Manoel Fiel Filho, morto em 1976, em São Paulo, nas dependências do Doi-Codi.

O ato em memória aos militantes tem início às 11h, e terá concentração em frente ao prédio da Bienal, no Parque do Ibirapuera, onde seguirá até o Monumento aos Mortos e Desaparecidos.